Francisco encontrou-se esta sexta-feira à tarde com “um pequeno rebanho de Cristo, disperso em vários lugares e confissões” do Bahrain. Uma comunidade minoritária, num país esmagadoramente islâmico, chamada a testemunhar a comunhão fraterna.
"Ser um pequeno rebanho, ou insignificante numericamente, não nos deve perturbar", disse o Papa aos representantes de várias comunidades cristãs, reunidos na Catedral de Nossa Senhora da Arábia.
“Lembremo-nos, porém, de que a unidade para a qual caminhamos sobrevive na diferença”, sublinhou.
Francisco recordou o grande “rasto de louvor que nos une, o rasto dos inúmeros mártires cristãos de várias confissões”.
Numa clara alusão ao chamado “ecumenismo de sangue”, em que cristãos de várias confissões deram a vida por causa de Cristo, o Papa evocou os muitos que, “nos últimos anos, no Médio Oriente e em todo o mundo, formam agora um único céu estrelado, que aponta a estrada a quem caminha nos desertos da história: temos a mesma meta, somos todos chamados à plenitude da comunhão em Deus”.
A unidade e o testemunho devem ser o distintivo cristão, disse o Papa, sublinhando que “o facto de estar aqui, no Bahrain, permitiu a muitos de vós voltar a descobrir e praticar a genuína simplicidade da caridade”.
Neste contexto, a assistência aos que chegam torna-se ocasião para dar testemunho cristão nos locais de trabalho e manifestar “compreensão e paciência, alegria e mansidão, benevolência e espírito de diálogo. Numa palavra: paz”, afirmou.