Há mais pessoas a morrer nas estradas portuguesas
04-01-2018 - 07:57

Foram registados mais de 130 mil acidentes em 2017. Só na última semana do ano (entre 22 e 31 de Dezembro) morreram 15 pessoas.

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Mais de 500 pessoas morreram no ano passado nas estradas portuguesas, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que indicam também um aumento dos acidentes rodoviários e dos feridos graves em relação a 2016.

Os números disponibilizados no site da ANSR, que contabilizam a última semana de 2017 e têm dados acumulados de todo o ano, mostram que morreram 509 pessoas, mais 64 do que em 2016 (12,5%).

Foram registados 130.157 acidentes nas estradas (127.210 em 2016) e 2.181 feridos graves (2.102).

Os dados da ANSR, que se referem a Portugal continental e são ainda provisórios, indicam que dos acidentes resultaram no ano passado 41.591 feridos ligeiros, contra os 39.121 registados no ano anterior.

Só na última semana do ano (entre 22 e 31 de Dezembro) foram registados pelas autoridades 15 vítimas mortais e 56 feridos graves.

Os dados acumulados do ano indicam que o distrito com mais acidentes registados foi o de Lisboa (26.698), seguido do Porto (23.606), Braga (10.980), Faro (10.752), Aveiro (10.416) e Setúbal (10.147).

O Porto lidera em número de vítimas mortais, com 68 registadas em 2017, seguido dos distritos de Setúbal (56), Lisboa (51), Aveiro (44) e Santarém (43).

Já o distrito com mais feridos graves registados em 2017 nas estradas portuguesas foi Lisboa (311), seguido de Faro (192), Setúbal (189), Santarém (186) e Porto (170).

Segundo anunciou em Dezembro o ministro da Administração Interna, o Governo quer já no início deste ano definir objectivos para reduzir a sinistralidade rodoviária e reflectir sobre qual a intervenção necessária nos atropelamentos, álcool e acidentes com motociclos, os três principais factores de risco.

Para o ministro, Portugal tem números "absolutamente inaceitáveis de atropelamentos nas áreas urbanas", sendo necessário "identificar as causas e circunstâncias e agir sobre elas".