Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, exige o regresso do público aos estádios no futebol profissional e não admite "uma abrupta mudança de critérios" em relação a outras atividades.
Em declarações na "Talks Santander/Record", o responsável máximo pela Liga de Futebol profissional elogia o governo, mas diz que "não vai admitir processo descriminatório".
"Exigimos o nosso público. Temos vindo a assistir à progressiva reabertura do país. Aos restaurantes e hotéis, seguiram-se os espetáculos culturais, concertos, touradas, festivais e agora até eventos desportivos de automobilismo e motociclismo com elevada afluência de público. O nosso aplauso pela forma paulatina como o governo tem conduzido o regresso à normalidade, que não pode ser interrompida por uma abrupta mudança de critérios quando se fala de futebol. Não vamos admitir processos descriminatórios", disse.
Proença diz que o facto de "o futebol ser um produto audiovisual à escala global não pode reduzir o papel imprescindível dos adeptos".
O presidente da Liga recorda o exemplo dado pela I Liga na retoma do campeonato como motivo para a retoma dos adeptos às bancadas.
"Com orgulho no serviço público que prestamos, fomos uma montra para as boas práticas no combate à pandemia, o que permitiu uma retoma exemplar das competições. Não negligenciaremos quem nos alerta para os perigos de contágio no comportamento emocional de massas, mas já demos provas da forma precavida e responsável na resposta aos desafios da pandemia", recorda.