Greve pode fechar museus e monumentos portugueses este domingo
08-12-2024 - 10:37
 • Maria João Costa , João Pedro Quesado

Trabalhadores marcaram manifestação e encontro com ministra da Cultura para o dia 16 de dezembro, esperando ser ouvidos sobre os problemas da empresa pública Museus e Monumentos.

Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Fortaleza de Sagres, Museu dos Coches ou Castelo de Guimarães. Estes são alguns dos museus e monumentos que podem estar de portas fechadas este domingo, devido a uma greve dos trabalhadores aos feriados e horas extraordinárias que se repete há vários meses.

À Renascença, Orlando Almeida, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas, explica que estes museus e monumentos já fecharam noutros dias feriados devido a esta greve, além do Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, do Convento de Cristo em Tomar e do Museu Nacional de Arte Antiga.

O sindicalista assinala que a criação da empresa pública Museus e Monumentos, em setembro de 2023, está na base da contestação destes trabalhadores.

"Causou variadíssimos problemas aos trabalhadores, a falta de pagamento de horas, a falta de pagamento do trabalho extraordinário, os descontos para a ADSE, Segurança Social... Isto impediu alguns trabalhadores que levassem a cabo a sua aposentação em tempo útil", sublinha Orlando Almeida, reconhecendo que "todas estas dificuldades estão agora, no último mês, últimos dois meses, a ser resolvidas".

"Também está em causa a valorização do trabalho ao dia feriado", realça o sindicalista, contando que "alguns trabalhadores, para trabalhar ao feriado, têm que se deslocar em viatura própria, quase que têm que pagar para trabalhar ao feriado".

Os trabalhadores da Museus e Monumentos marcaram uma concentração para dia 16 de dezembro em frente à nova sede do Governo, onde esperam ser ouvidos pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

"Já enviamos informação à senhora ministra, estaremos lá para ser recebidos, caso a ministra nos queira ouvir e ouvir também as reivindicações dos trabalhadores", aponta Orlando Almeida.