Luís de Sousa Coutinho é o único Irmão de Jesus em Portugal. Aristocrata, filho e neto das melhores famílias da antiga nobreza (descendente de Manuel de Sousa Coutinho, que viria a ser Frei Luís de Sousa), abandonou a vida elegante dos palácios de Évora e de Lisboa, onde viveu a juventude, para se dedicar inteiramente a Cristo.
À semelhança de Charles de Foucauld, aristocrata com uma vida turbulenta e de pecado, que deixou tudo para se tornar eremita no deserto do Saara, também o percurso do Irmão Luís, 78 anos, é inspirador. Entrou para o Seminário dos Olivais, estudou Teologia, viveu em bairros de lata, percorreu a Europa em busca de um sentido para a vida, sempre junto dos pobres e marginais, foi até Timor e viveu no deserto do Saara, para seguir os passos de Charles de Foucauld.
Como conheceu Charles de Foucauld?
Conheci-o quando entrei para um bairro de lata. Nessa época, andava no Seminário dos Olivais, mas estava insatisfeito e sempre desejoso de fazer experiências e de sair do meu habitat muito bem estruturado e privilegiado. Foi nesse bairro de lata que vim a saber, através das Irmãzinhas de Jesus (ramo feminino inspirado em Charles de Foucauld) que viviam no bairro da Curraleira, que existiam Irmãos de Jesus em Espanha e que só viriam a Portugal no verão, passar os meses de férias para ver se seria possível instalar em Setúbal uma Fraternidade. Eram irmãos, estudantes em Toulouse, no tempo de Jacques Maritain, que tive a sorte de conhecer.
Conheceu esses irmãos em Setúbal?
Sim, na mesma zona para onde viemos depois viver. Nessa altura, ainda não existia este bairro, havia só barracas de pescadores, feitas em madeira. Os irmãos trabalhavam como estivadores ou na construção civil, como serventes de pedreiros, ou mesmo pedreiros.
E quando o Irmão Luís veio viver para essa Fraternidade, que trabalho tinha?
Descobri que tinha jeito para o trabalho manual... Podia não ter jeito, porque até aos 27 anos não fiz outra coisa senão estudar, mas Deus Nosso Senhor deu-me a vocação manual. Então, comecei por ser carpinteiro, depois fui pintor da construção civil, fui pedreiro, fui serralheiro civil, trabalhei numa fábrica de tabaco, fui ajudante de cozinha...
E porque é que abdicou do seu percurso e estudos superiores para fazer esses trabalhos?
Graças a Charles de Foucauld. Primeiro, foi graças a Jesus de Nazaré, que viveu 30 anos como a pessoa mais discreta e integrada numa aldeia da periferia e religiosamente nada exemplar, comparada com a Jerusalém ortodoxa e cumpridora. Em Nazaré, havia uma mistura de religiões, era uma terra de segunda ou terceira categoria. Pois é nesse sítio que a pessoa de Jesus escolheu para encarnar e ser considerado nazareno. Viveu lá 30 anos, filho de carpinteiro, e aprendeu o ofício de carpinteiro.
É isso que explica o facto de os Irmãos de Jesus, tal como aconteceu com Charles de Foucald, terem uma profissão?
Sim, Charles de Foucauld, ao converter-se e ao descobrir Deus, descobriu-O em Jesus de Nazaré. Viu que Ele tinha um trabalho escondido, normal, como o comum dos mortais que trabalha para ganhar o pão de cada dia. Para nós, este trabalho manual é importantíssimo, é quase a nossa clausura. Porque nós não temos clausura, somos contemplativos, mas no meio do mundo, como o fermento no meio da massa.
São contemplativos, através do trabalho manual?
Sim, é uma maneira de estar, de viver.
No seu caso concreto, aqui em Setúbal, fazia o quê?
Fui carpinteiro na Casa do Gaiato, fui vendedor ambulante na rua, fiz artesanato... E tive sempre uma atração por marginais, por tudo o que é prostituição, droga, por todas as pessoas magoadas, feridas, por todos aqueles que não têm rosto humano, que perderam o seu rosto, a sua dignidade, seja qual for o motivo. Não tenho que julgar ninguém, nada disso. Tenho é de encontrar a bondade e descobrir, como Deus sabe, o que há de bom na pessoa, tal como Ele descobriu em mim. Eu recebi gratuitamente este amor gratuito de Deus, que conhece a minha fragilidade e a minha pobreza humana, que me ama e continua a amar, cada vez mais... É uma sombra disto que tento também fazer: copiar, modestamente, a mesma coisa e transmitir aos outros esse amor.
É por isso que prefere os que mais sofrem, os que têm mais feridas para lhes levar essa experiência?
É isso mesmo, sinto-me irmão deles, porque também já passei por muito sofrimento. É que, muitas vezes, uma pessoa só aprende passando por elas. Costumo dizer que desci até aos infernos, não o desejo nem ao maior inimigo. Não vou entrar em detalhes, mas quero dizer que Deus levou-me, amorosamente, até aos infernos e agora compreendo muito melhor a Bíblia.
E nesse percurso nunca duvidou, nunca se sentiu sozinho?
Deus é terrivelmente amoroso, tem-me agarrado, tem-me levado ao colo. Como sabe que sou frágil, faz como fez com a ovelhinha: vai à procura dela e depois leva-a ao colo ou nos ombros. Ele é o verdadeiro bom pastor. Não é mercenário, não anda aqui a pedir contas, nem a cobrar dívidas, não... Ele dá tudo gratuitamente. E dá mil por um, ou cem por um, ou quantos quiserem.
Agora, que já tem uma certa idade...
78 anos já cá cantam, com muita alegria! (risos)
Quer falar-nos da inquietação que o levou à procura do caminho por esse mundo fora?
Sim, fui até Timor, que é o segundo país da minha vida. Portugal é o primeiro, quer queiram quer não, e Timor é logo a seguir.
Mas, no fundo, andou sempre à procura de quê?
Da felicidade! Tal como todo o ser humano procura a felicidade, não há ninguém que não a procure...
Agora está na moda toda a gente dizer que é feliz...
Não é uma questão de moda, porque eu até nem tenho corpo para a moda, sou um bocado abrutalhado para andar na passerelle… (risos)
Então, que felicidade é essa?
É uma felicidade profunda que não se compra, que não se vende, que se encontra buscando-a. E que Deus dá gratuitamente. Deus também quer a nossa participação na busca da felicidade. É gratuita da parte de Deus, mas Deus deu-nos massa cinzenta para lutarmos, para sabermos discernir o bem do mal, para irmos à procura do que é melhor e deixar o que é pior. Era nessa busca que eu andava e, portanto, fui até aos confins do Império colonial português, até Timor, a ilha mais longínqua. Queria afastar-me de todos os bons e maus hábitos que tinha adquirido aqui nesta querida Pátria.
O Irmão Luís também podia ser chamado de D. Luis de Sousa Coutinho, herdeiro em linha direta do Frei Luís de Sousa, com um grande historial aristocrata e com uma grande família de muitos irmãos. É preciso ter coragem para cortar com tudo...
Não sei se é preciso muita coragem, é preciso é Deus ser amoroso e chamar-me para aquilo que Ele quer...
Mas o Irmão também quis, não é? No fundo, tomou a sério o desejo que tinha dentro de si.
Sim, tentei tomar a sério, mas dentro da minha pobre fragilidade. Nunca deixo de ser um pobre Luís, sendo de origem rica, nobre, com tudo o que há de grande e bom.
Tinha tudo preparado para ter uma vida cómoda e fácil...
Sim, mas, se calhar, seria a minha desgraça. Porque há uns que ficam desgraçados com essas facilidades todas. Aprendi na vida que as facilidades, muitas vezes, matam, em vez de ajudar o homem a construir-se. Portanto, foi nas dificuldades que Deus me meteu que encontrei o meu lugar neste mundo. Sou a barriga número dezanove da minha mãe, o que é quase um milagre eu existir. Ficámos treze irmãos vivos. E à mesa éramos sempre quinze, sem contar com as visitas, com o padre capelão da família, a D. Maria Ester, que era a professora primária, a francesa D. Beatriz para as minhas irmãs...
E, nessa altura, já pensava o que queira ser no futuro?
Não. Gostava de arquitetura, sempre fui muito arquiteto, com mentalidade de construção, mas não pensava em nada disso. Sei que uma vez, aos quatro anos, depois da missa, fui à sacristia e puxei pela batina do padre e perguntei-lhe se havia padres pequeninos, porque eu também queira ser padre... Devo ter ficado encantado com a barriga do padre (risos). Lembro-me que era o cónego Dr. Honorato, amigo da família, que costumava celebrar lá em casa.
Alguma coisa já o fascinava. Então, porque é que não foi para padre?
Também pensei nisso, estive no Seminário dos Olivais... Primeiro estive no de Évora e, depois, passei para os Olivais. Vou ser sincero: nessa altura, para mim, o Seminário de Évora era demasiado clássico e ortodoxo, mas pronto, era uma época. E, como nasci em Lisboa, porque tenho uma costela alentejana e outra de Lisboa, e como Lisboa é a capital e anda sempre "mais à frente" do que a província, então achei-a que era mais adequada para a minha maneira de ser. E, pronto, foi tão adequada que apanhei o Seminário dos Olivais em plena revolução nos anos sessenta...
E foi nesses "altos e baixos" que entraram os bairros de lata e conheceu as Irmãzinhas de Jesus que vivam com os pobres?
Sim, no Bairro da Curraleira.
E como é que foi parar ao deserto? Foi para conhecer melhor Charles de Foucauld?
Sim, isso foi mais tarde, no início dos anos oitenta. Tinha de tomar uma decisão sobre se faria ou não os votos perpétuos para ser realmente Irmão, ou seja, "casar" pela Santa Madre Igreja. E, como eu era muito aventureiro, sempre à procura e um pouco desconfiado até da bondade de Deus para connosco, precisava de ir ao deserto, tal como Tomé precisou de meter o dedo para confirmar... Como eu percebo São Tomé! E não é por acaso que ele existe, pois sabiam que haveria muitos Tomés ao longo da História da Igreja: eu sou um desses.
Portanto, "ver para crer" levou-o ao deserto do Saara...
Fui ao deserto porque gosto de meter as mãos e conhecer os sítios concretos. E, como eu estava apaixonado pela vida que o Irmão e Padre Foucauld tinha levado, sentia afinidades com ele, não só pelo lado aristocrático, apesar disso para mim ser secundário, mas pela sua experiência, pela sua conversão e paixão pela pessoa de Jesus de Nazaré.
Ele também teve uma vida bastante atribulada, andou por vários lados e foi parar à Terra Santa, antes de ir para o deserto...
Sim, depois da conversão, esteve quatro anos em Nazaré, num convento de Clarissas, como um simples moço de recados, muito contemplativo e ainda influenciado pelos sete anos que tinha passado na Trapa (ordem de Cister da estrita observância que segue a regra de São Bento). Ele mantinha dentro dele "aquele bichinho" de Jesus de Nazaré no meio da multidão, no meio dos pobres, contemplativo no meio dos pobres, como o fermento no meio da massa: não se vê, mas está lá e faz com o que o pão cresça. Era isso que ele queria viver e pronto.
E, depois de Nazaré, Charles de Foucauld viria a ser ordenado padre e pediu para ir viver para o deserto. Foi por isso que o Irmão Luís quis lá ir?
Fui lá ver. Estive em El Abiodh Sidi Cheikh, onde começou o primeiro noviciado, quando a Fraternidade foi fundada, em 1933, pelo padre René Voillaume. Na altura, foram diretamente para o deserto da Argélia, para um oásis, mesmo à entrada do Saara. Foi antes da II Guerra Mundial e havia muitos noviços, mas, depois, viram-se obrigados a dispersar, para cumprir o serviço militar. Essa dispersão também foi um dom, porque Deus serve-se de coisas aparentemente negativas, que obrigam o homem a dar um passo em frente, para o levar sempre mais longe. É impressionante. Se não fosse a guerra, os irmãos teriam ficado no deserto, metidos num convento, porque o padre Foucauld tinha vivido sete anos de clausura nos trapistas, mas, graças à dispersão forçada pela guerra, quando, mais tarde, os irmãos voltaram para o deserto, vinham muito mais bem preparados para a realidade humana. Ou seja, tiveram de viver como Jesus de Nazaré, no meio das dificuldades, misturados com todos os outros europeus e em circunstâncias difíceis. Foi um grande dom e Deus faz isto com grupos e com cada um de nós. Todos somos filhos de Deus e Ele trata-nos como se cada um de nós fosse um filho único.
Como foi a sua experiência no deserto do Saara?
Fiquei tão apaixonado, que já não queria regressar. Fiz uma experiência especial nesse oásis, acompanhado por um dos primeiros irmãos, que esteve 50 anos no deserto do Saara e foi lá mestre de noviços. Quando lá estive, tive a sorte de conhecer todos os pilares da Fraternidade dos Irmãozinhos de Jesus, foi um grande privilégio. Agora, que estou sozinho e sou o único português, vejo que não foi por acaso que Deus permitiu uma coisa dessas. Ou seja, todas aquelas variações do pobre Luís, sempre a mudar de um lado para o outro, a querer conhecer mais aqui e “acoli” e uns e outros... No fundo, estou convencido de que tudo estava nos planos de Deus, porque Ele continua sempre e cada vez mais a amar-me. Considero que tudo isto estava previsto para eu ter acesso à realidade da Fraternidade do Padre Foucauld.
E viveu lá, naquele oásis?
Sim e fiquei muito amigo desse Irmão, que era um autêntico monumento em El Abiodh Sidi Cheikh, porque tinha sido parteiro daquele oásis e as crianças, que então já eram adultas, todas lhe tinham passado pelas mãos. Ele era um cristão com as portas abertas no meio dos muçulmanos e levava-me com ele. Apesar de eu ter ido para fazer um ano de deserto, ele convidava-me sempre para conhecer a vida dos nativos no interior e, claro, eu aceitava sempre. Aprendi a comer com as mãos, aprendi os cumprimentos e o ritual do lava-pés...
E lá não havia conversões?
Não, não
Para si, isso não era misterioso?... Pensar para que servia estar ali?
Não, porque Deus é que é o Senhor da conversão. Ele faz tudo o que quer, como quer e quando quer. É o único ser profundamente livre. Portanto, nós não temos que nos preocupar com essas coisas, temos é que amar o próximo que está ali à nossa frente. Se é amarelo, se é preto, se é verde, se é muçulmano, se é integrista, se é violento, se é criminoso... Abstrai-te disso: olha para ele como teu irmão. Tu podias ser precisamente a mesma coisa que ele. Cada um tem a sua história dramática. Atrás daquele ser humano, que parece um bandido ou criminoso, muitas vezes há uma alma de criança. No fundo, quem acabou por me evangelizar foram e são esses.
Porquê?
Porque dão-me a conhecer a Deus de uma maneira mais profunda, um Deus mais amoroso, que está por detrás, que existe atrás deles...
Está a dizer que Deus não se pode reduzir à nossa ideia?
É isso mesmo, Deus não se pode reduzir. As nossas ideias são pequeninas e mesquinhas demais para um Ser infinito, um Ser tão grande. É como estarmos todos felizes porque já podemos ir à Lua e depois a Marte e depois Júpiter... E só fazemos é figuras ridículas.
Porque queremos reduzir a sua plenitude? É isso?
É como alguém que nunca teve dinheiro e recebeu o euromilhões e pensa que pode comprar este mundo e o outro e passar por cima de tudo e de todos. Isto é uma estupidez e mostra a pobreza humana e a pequenez. O mesmo se passa com o Universo, que é tão grande, que os próprios cientistas ficam perdidos na sua vastidão: quanto mais descobrem, mais vem que há por descobrir. Com os pobres é a mesma coisa: quanto mais estou com eles, mais vejo que há valores fantásticos atrás deles e dentro deles. E tenho sempre muita coisa a aprender, seja a hospitalidade, seja a generosidade, seja a "malandrice", pois Deus é inteligente e aproxima-nos da realidade divina através no nosso intelecto e também da inteligência de coração. E eu vou descobrindo nessas coisas, que, aparentemente, podem parecer defeitos ou maldades, uma riqueza humana fantástica que me faz ver a inteligência profunda de Deus, essas minúsculas partículas do intelectus de Deus.
Charles de Foucauld deu o exemplo, não é? É isso que justifica a sua actualidade, agora confirmada pela sua próxima canonização?
É um santo muito actual. Foi por isso que eu não fui para franciscano (risos). Gosto tanto dele, São Francisco continua a ser o meu querido...
Então agora passa a ter dois amores: São Francisco de Assis e São Charles de Foucauld!
E há ainda mais outro. Para mim, o meu irmão mais velho foi sempre Jesus, mas agora este é como se fosse o Jesus cá na terra: é o Papa Francisco. Agora já posso dizer como o velho Simeão: "Senhor, deixa-me ir em paz, que já vi a salvação!" Sempre sonhei desde jovem que, um dia, pudesse haver um Papa assim, que saísse da cadeira gestatória, daquele fausto e daquelas coisas todas, que eu não vou condenar, nem criticar, mas não era isso que eu procurava, nem procuro. Quero ver a minha mãe mais humana, mais próxima, mais simples, mais evangélica.
Quando fala na sua mãe, está a falar da Igreja?
Sim, da Igreja, a minha querida mãe. Por mais pecadora que seja e que lhe atirem pedras, isso choca-me e sofro bastante com isso. Percebo os que atirem pedras, mas dá-me pena, porque é sempre a nossa mãe. Foi essa mãe, a Igreja, que Jesus nos deu, que o representa a Ele. Só que é feita por seres humanos muito limitados e a história pesa muito. E quem vem de famílias antigas, sabe muito bem o que é o peso da história.
Agora, o Irmão Luís vive sozinho nesta casa em Setúbal e mantém-se jovial. Qual é o seu segredo?
É um segredo que me ensinaram deste pequenino, desde a minha preparação para a primeira Comunhão: a existência da eucaristia, de Jesus na eucaristia. É também o segredo do meu amigo Charles de Foucauld. Jesus está realmente presente naquela hóstia. É impressionante como, por vezes, uma pessoa pensa que esteve muito tempo com Ele, porque passou duas ou três horas na capela ou junto d'Ele, quando o dia tem 24 horas. Ele sujeita-se a ficar presente na Eucaristia, apesar da nossa pobreza, infidelidade, misérias e egoísmos por não darmos o tudo por tudo a Ele e aos outros. Para mim, eucaristia e pobres estão muito ligados. São duas facetas da mesma realidade: é como se fosse uma moeda, em que Jesus está de um lado, na eucaristia bem presente, como um pobre a mendigar o nosso amor, a nossa presença e companhia; e, do outro lado, está o pobre que é Ele nos pobres. "Tudo o que fizeres a um destes mais pequeninos é a Mim que o fareis". Para mim, essa é a moeda completa: de um lado. a eucaristia, do outro lado, o pobre.
Obrigada pelo seu testemunho e entusiasmo, Irmão Luís. E parabéns por Charles de Foucauld ser elevado aos altares!
Só espero que, sendo elevado aos altares, não o matem, petrificado numa estátua… Às vezes, pode acontecer isso. O santo é sempre vivo. Se o canonizam é para passar a ser vida na nossa vida. Não pode reduzir-se a uma mera estátua. Não o matem, por favor, porque ele viveu no meio dos tuaregues e procurou sempre estar onde Jesus não estava. Por isso, devemos imitá-lo e aproximar-nos daqueles que não Lhe ligam nenhuma, nem têm Jesus como modelo, como irmão.