A primeira-ministra britânica exortou, esta quarta-feira, o seu partido fraturado a manter-se unido e a ajudar a transformar a economia e o país. Discurso é feito após um caótico primeiro mês de mandato.
Dirigindo-se aos parlamentares e membros conservadores numa conferência anual, ensombrada por disputas internas e confusão sobre a política, Liz Truss disse que o partido precisava de se unir para iniciar um crescimento e enfrentar os muitos problemas do país.
Até agora, no entanto, a sua tentativa de cortar 45 mil milhões de libras (51 mil milhões de dólares) em impostos e de aumentar o endividamento do governo tem promovido polémicas, com sondagens de opinião a apontar para um colapso eleitoral em vez de um período de lua-de-mel para o novo líder.
"Reunimo-nos num momento vital para o Reino Unido. Estes são dias tempestuosos", disse ela, referindo-se à pandemia, à guerra na Ucrânia e à morte da monarca que mais tempo reinou no país.
"Nestes tempos difíceis, temos de nos erguer. Estou determinada a fazer avançar o Reino Unido, a fazer-nos ultrapassar a tempestade e a colocar-nos numa base mais forte".
Quando ela começou a falar, dois manifestantes levantaram um cartaz a perguntar "Quem votou a favor disto?", antes de serem escoltados pelo pessoal de segurança enquanto a multidão cantava "fora, fora, fora".
Truss, eleita pelos membros do partido e não pelo eleitorado em geral, dirigia-se aos fiéis do partido depois de ter sido forçada a inverter os planos para acabar com a taxa máxima dos impostos. A governante já reconheceu que a mudança traz "perturbação".