As Forças de Defesa de Israel (FDI) reclamaram esta quinta-feira a morte de Amar Abu Jalalah, comandante das forças navais do Hamas em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, e de um outro elemento da mesma unidade.
“Amar Abu Jalalah era um agente superior das forças navais do Hamas e esteve envolvido na liderança de vários ataques terroristas por mar que foram frustrados pelas FDI”, afirma o comunicado, acompanhado de um vídeo do alegado bombardeamento.
O ataque reivindicado pelas FDI antecede uma trégua nos combates entre Israel e o Hamas, que entrará em vigor na manhã de sexta-feira, e a libertação dos primeiros reféns à tarde, anunciou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al-Ansari.
“A pausa humanitária terá início às 7:00 (5:00 hora de Lisboa) de sexta-feira e o primeiro grupo de reféns civis será libertado por volta das 16:00 (14:00 de Lisboa) do mesmo dia”, afirmou Majed Al-Ansari.
De acordo com a diplomacia do Qatar, 13 mulheres e crianças detidas pelo movimento islamita Hamas em Gaza, todas da mesma família, serão libertadas, enquanto um número ainda desconhecido de prisioneiros palestinianos detidos por Israel será libertado ao mesmo tempo.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel — realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 5.000 feridos.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 48.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora naquele enclave palestiniano pobre cerca de 15.000 mortos, na maioria civis, e 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.