A Federação Polaca de Futebol confirma a demissão do técnico Fernando Santos. A reunião decisiva para a rescisão de contrato decorreu esta quarta-feira e durou pouco mais de duas horas.
"Gostaria de agradecer ao técnico Fernando Santos por trabalhar com a nossa seleção e desejo-lhe boa sorte nos seus próximos desafios desportivos", afirmou o presidente do organismo, Cezary Kulesza, citado na nota da Federação.
O treinador português também já confirmou a saída: "Apesar de estarmos a terminar a nossa cooperação, estou grato por ter liderado a seleção polaca e desejo tudo de bom à Polónia e ao seu povo, que tão bem me acolheu quando aqui vivi".
Oito meses de turbulência
Fernando Santos assumiu o cargo de selecionador polaco no final de janeiro. Sai oito meses depois, incapaz de resistir a uma série de resultados negativa na fase de qualificação para o Euro 2024.
Num grupo com Chéquia, Albânia, Moldova e Ilhas Faroé, a Polónia soma apenas seis pontos em cinco jogos, fruto de três derrotas e duas vitórias, que a deixam no quarto e penúltimo lugar. Está a quatro pontos da liderança e a dois do segundo posto, o último de acesso direto ao Europeu.
Se falhar o apuramento direto, a Polónia terá, ainda, a possibilidade de se qualificar através do "play-off" da Liga das Nações. Com base nos resultados e classificações atuais, teria pela frente seleções como País de Gales, Israel, Bósnia e Herzegovina ou Ucrânia, entre outras.
Fernando Santos, de 68 anos, tem uma longa carreira entre clubes e seleções. Começou no Estoril Praia e passou por Estrela da Amadora, FC Porto, com que foi campeão nacional, AEK, Panathinaikos, Sporting, Benfica e PAOK, antes de passar a ser, exclusivamente, selecionador. Começou com quatro anos Grécia, esteve nove anos ao comando de Portugal e, agora, oito meses na Polónia.
Foi como selecionador português que o Engenheiro viveu os seus anos de ouro: conquistou o Euro 2016, o primeiro título internacional sénior da história equipa das quinas, e a Liga das Nações de 2019. Deixou a seleção nacional após o Mundial 2022, em que Portugal foi eliminado nos quartos de final, em rota de colisão com o capitão, Cristiano Ronaldo.