Vários especialistas em doenças infeciosas têm expressado preocupação face à deslocação do Papa Francisco ao Iraque, devido ao aumento acentuado das infeções por coronavírus naquele país, um sistema de saúde frágil e a probabilidade inevitável de que os iraquianos se aglomerem para o ver.
Os receios foram agravados pela notícia de que o núncio em Bagdad está infetado, encontrando-se em isolamento.
Ninguém defendeu, ainda, que Francisco deve cancelar a viagem, e o governo iraquiano tem todo o interesse em mostrar sua relativa estabilidade dando as boas-vindas ao primeiro papa na cidade natal de Abraão. Mas do ponto de vista puramente epidemiológico, assim como da mensagem de saúde pública que envia, uma viagem papal ao Iraque num contexto de pandemia global não é aconselhável.
A agência Associated Press avança, citando fonte da nunciatura em Bagdad, que os sintomas do arcebispo Mitja Leskovar eram leves e que ele continuava a se preparar para a visita de Francisco.