Nove ativistas do movimento Climáximo foram detidos esta terça-feira pela Polícia de Segurança Pública (PSP), depois de terem bloqueado temporariamente o trânsito na 2.ª Circular, em Lisboa, anunciou o grupo em comunicado.
Segundo o movimento Climáximo, os nove jovens foram levados para a esquadra de Benfica, “para onde o coletivo convoca uma vigília de solidariedade até que todos os ativistas sejam libertados”.
O bloqueio na 2.ª Circular terá durado alguns minutos, mas “a disrupção na via demorou cerca de duas horas”, lê-se no comunicado, acrescentando que houve dois ativistas que se tinham pendurado na ponte pedonal por cabos e tiveram de ser retirados pela PSP e por bombeiros.
Segundo a mesma fonte, o bloqueio aconteceu por volta das 09:00 de hoje, quando dez ativistas se sentaram no chão da via rápida, junto às Torres de Lisboa, no sentido Benfica-Aeroporto, enquanto outros dois se penduravam com cordas na ponte pedonal.
O local onde os ativistas cortaram a 2.ª Circular fica mesmo em frente à sede da Galp, empresa que o coletivo acusa de ser uma das maiores culpadas por “milhares de mortes e deslocamentos”.
O movimento Climáximo acusa igualmente o Governo português e outras empresas de terem declarado guerra a todas as pessoas e ao planeta, considerando-os “culpados de genocídio”.
Os vídeos e as fotografias do protesto, que estão a circular nas redes sociais, mostram os manifestantes em protesto, segurando cartazes de apelo ao fim dos combustíveis fósseis, com frases como “Estão a destruir tudo o que tu amas” ou “Os Governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta”.