A União Europeia (UE) desembolsou esta quarta-feira os primeiros 4.500 milhões de euros provenientes do pacote de 50.000 milhões de euros para apoiar a Ucrânia, anunciou a presidente da Comissão Europeia.
“Os recursos estão a chegar onde são necessários na Ucrânia com urgência, o país construiu uma base sólida para receber o apoio da UE até ao final de 2027”, disse Ursula Von der Leyen, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, em Bruxelas.
A primeira tranche do pacote que foi aprovado na cimeira de janeiro é “essencial para ajudar” o país invadido pela Rússia há dois anos a recuperar infraestruturas e áreas estatais debilitadas pelo conflito desencadeado por Moscovo.
A presidente da Comissão acrescentou que é importante “incentivar o crescimento” económico-financeiro da Ucrânia, não só para recuperar o que perdeu com a guerra, mas também para aproximar o país da adesão ao bloco político-económico do qual Portugal também faz parte.
A avaliação “é positiva” e “hoje é um dia bom para a Ucrânia”, finalizou von der Leyen.
A União Europeia deverá fazer o próximo desembolso no final de abril, no valor de 1.500 milhões de euros.
O primeiro-ministro ucraniano agradeceu a Ursula von der Leyen e ao bloco comunitário pelo apoio que estão a prestar ao país desde 24 de fevereiro de 2022, primeiro dia da invasão russa, e que até ao final de 2023 foi de mais de 88 mil milhões de euros.
O pacote de 50 mil milhões de euros foi aprovado no início de fevereiro de 2024, durante uma cimeira de líderes extraordinária, que foi convocado com o propósito de ultrapassar as resistências da Hungria, que tem sido o país do bloco mais cético ao apoio económico, político e militar que a UE tem prestado à Ucrânia.