Numa altura em que assinala o primeiro aniversário da missão na República Centro-Africana (RCA), a PSP iniciou a rotatividade do seu dispositivo. Esta terça-feira, regressaram a Lisboa seis dos 16 polícias que estão a trabalhar naquele país, ao serviço das Nações Unidas.
O diretor de operações da PSP, Luís Elias, diz à Renascença que tem sido uma missão marcada por dois tipos de risco: a esperada instabilidade e violência que se vive na República Centro-Africana e a pandemia de Covid-19, que não estava nos planos.
“Por um lado, a questão de segurança que é instável. As autoridades da República Centro-Africana não controlam o território na sua totalidade, há zonas onde grupos armados desenvolvem a sua atividade, daí a necessidade de haver forças armadas no terreno. Por outro lado, a questão do Covid, que perturbou muito a missão.”
No caso da missão policial, tudo tem decorrido dentro do que era esperado, com trabalho na área da formação da polícia local, da investigação criminal de crimes graves e violentos e na assessoria das autoridades de segurança.
Já no que diz respeito à pandemia, o contingente português da PSP já regista dois casos.
“Tivemos até ao momento dois infetados. Um deles curou-se na missão, o outro teve que ser evacuado para Portugal. Quanto a situações de confrontação com forças adversárias, isso não aconteceu, mas o risco é diário”, afirma o diretor de operações Luís Elias.
Os 16 elementos da PSP estão inseridos num contingente de 800 polícias de mais de 30 países, comandados por um oficial francês.
Também ao serviço das Nações Unidas, mas na componente militar, Portugal tem também um contingente de 180 militares na República Centro-Africana.