A Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) quer redespertar o entusiasmo das comunidades para o acolhimento de refugiados.
"Algumas pessoas cansaram-se de esperar pela chegada de uma família”, disse à Renascença a directora da OCPM, Eugénia Quaresma, no final do 17.º encontro de agentes sociopastorais das migrações, que decorreu em Leiria.
"Há 37 famílias preparadas para para serem recebidas em Portugal e a capacidade efectiva de apoio da Plataforma de Apoio aos Refugiados está a esgotar-se”, sublinha a responsável, apelando a um “reacender da chama” no apoio aos refugiados.
No encontro do fim-de-semana, foi assumido o compromisso de sensibilização das comunidades para a necessidade de Portugal continuar a acolher. "Vamos chamar as pessoas, as comunidades, as instituições locais para que nos oiçam, para que saibam o que é necessário para responder a este apelo de cada comunidade, cada paróquia, cada congregação religiosa acolher no mínimo uma família de refugiados”, adianta a directora da OCPM.
A partir de Fevereiro, a Obra Católica vai percorrer as dioceses no sentido de, junto dos agentes pastorais locais, definir encontros de sensibilização para que, nas comunidades locais mais pessoas e instituições se disponibilizem para receber refugiados. “Isso seria o nosso presente para o Papa Francisco, que foi o primeiro a dar o exemplo”, remata.