Presidente da Comissão Europeia diz que a Europa está mais forte que nunca
09-05-2022 - 08:26
 • João Cunha , Olímpia Mairos

Já o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, considera que UE deveria apreender as reservas russas em moeda estrangeira e usá-las para ajudar a pagar os custos da reconstrução da Ucrânia depois da guerra.

A invasão russa da Ucrânia marca a celebração do Dia da Europa, que se assinala esta segunda-feira.

Numa mensagem divulgada no Twitter a propósito do Dia da Europa, Ursula Von der Leyen afirma que o que Rússia tem feito reafirma a importância de celebrar esta data.

“Hoje, o nosso continente encontra sombras do passado que achámos que há muito tínhamos deixado para trás. Uma guerra atroz, uma agressão sem sentido e cidades destruídas. Milhões de inocentes a fugir das suas casas, um povo a lutar desesperadamente para determinar o seu próprio futuro”, afirma Ursula Von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia considera que a Europa está mais forte que nunca e assegura apoio à Ucrânia.

“A Europa está ao lado da Ucrânia. Ao mesmo tempo, a invasão do Kremlin lembra-nos porque estamos a celebrar o Dia da Europa: é o dia em que a nossa Europa, pacifica, próspera e unida Europa nasceu. 72 anos depois, a Europa é forte e mais unida que nunca”, acrescenta.

Por seu lado, numa entrevista ao Finantial Times, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, considerou que União Europeia deveria apreender as reservas russas em moeda estrangeira e usá-las para ajudar a pagar os custos da reconstrução da Ucrânia depois da guerra.

“Eu seria muito a favor, porque tem toda a lógica”, disse Borrell, em resposta à questão sobre se as reservas russas congeladas poderiam ajudar a financiar o esforço de reconstrução da Ucrânia quando a guerra terminar.

“Temos o dinheiro nos nossos bolsos e alguém tem de me explicar porque é uma boa solução para o dinheiro afegão e não é para o dinheiro russo”, disse.

Borrel segue assim o exemplo dos Estados Unidos com os ativos do banco central afegão, depois dos talibãs assumirem o controle do Afeganistão.