O primeiro-ministro admitiu esta quarta-feira que a construção de novas residências universitárias "está atrasada", e que a resolução do problema do alojamento para estudantes "não é um trabalho acabado".
Na receção dos novos estudantes da Universidade do Porto, António Costa lembrou o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, (PNAES) que vai "duplicar praticamente o número de camas de residências universitárias públicas até 2026", mas admitiu que estas residências "estão atrasadas".
No entanto, para o chefe do Governo, "estaremos muito mais atrasados se não fizermos o que temos de fazer".
Com o PNAES a ser financiado pelo PRR, cujo prazo é o final de 2026, António Costa garantiu que "dê por onde der, é mesmo até essa data que temos que conseguir esse objetivo tão desafiante que é multiplicar por dois o número de camas das residências universitárias".
O primeiro-ministro disse que tem consciência que não pode dizer "aos alunos de hoje que os alunos daqui a 5 anos terão muito menos dificuldade". O que o Governo tem que dizer, considera António Costa, "é que temos que continuar a fazer como temos vindo a fazer, a melhorar em cada ano a ação social escolar", o que "não é um trabalho acabado" e "tem de ser continuado".
"Decidimos prolongar por mais um ano o complemento do alojamento estudantil que, variando de concelho para concelho, varia entre os 263 e os 326 euros por mês, para apoiar o pagamento dos custos dos quartos que, sabemos todos, subiram muito significativamente ao longo da última década", rematou o primeiro-ministro.