O Sindicato de Pilotos (SPAC) acusa INEM e Avincis, a quem o Estado fez um ajuste direto para ter helicópteros de emergência médica, de incompetência, pela redução do número de helicópteros que operam durante a noite de quatro para dois, a partir de dia 1 de janeiro.
Esta semana, soube-se que dois dos quatro helicópteros do INEM - que estão em Viseu e em Évora - vão deixar de operar à noite, a partir do primeiro dia de 2023 e durante seis meses.
Tiago Faria Lopes, presidente do SPAC, garante, em declarações à Renascença, que o helicóptero que vai estar na segunda-feira em Macedo de Cavaleiros, a servir o Norte do país, não consegue aterrar ou descolar em alguns hospitais da região.
"O helicóptero não tem capacidade operacional, porque é muito grande, não tem como aterrar. Imagine que há um doente grave para sair de Bragança para ir para o Hospital de Lisboa. O helicóptero que está destacado na base do Norte não consegue ir buscar o doente. Não consegue. Daqui a um bocado, chegamos a como foi há uns anos largos, quando pediam ao presidente da Junta para ligar as luzes do campo de futebol para aterrarem lá, porque não conseguiam transportar os doentes", critica.
"Loulé porquê?
Também é incompreensível para o Sindicato, em termos operacionais, a colocação de um helicóptero em Loulé, ao invés de Évora. A não ser que na origem da decisão tenham estado outros interesses, sugere Tiago Faria Lopes, que pede que se investigue a escolha.
"Loulé porquê? Nós queremos acreditar que será mera coincidência que o diretor do INEM que está adjudicado aos helicópteros seja do Algarve. E isto tem de ser investigado, por que é que é Loulé", atira.
Os alertas do Sindicato de Pilotos da Aviação Civil, que denuncia erros de planeamento para o programa dos próximos seis meses.