A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) está a desafiar os portugueses, neste início de Quaresma, a rezarem o terço pelos cristãos perseguidos e pelo fim da pandemia.
“São duas epidemias de consequências devastadoras: o coronavírus e a perseguição religiosa”, indica a instituição pontifícia em comunicado, lembrando que “é importante não esquecer o drama dos Cristãos perseguidos no mundo por causa da sua fé”.
“Um drama que se acentua ainda mais em muitos países, dadas as consequências devastadoras que a epidemia do coronavírus está a provocar também ao nível económico”, acrescenta a AIS, acrescentando que as comunidades cristãs, “nos países onde a Igreja mais sofre, são normalmente muito pobres, dependendo de trabalhos ocasionais, duros e mal pagos. Trabalhos que permitem apenas a mera subsistência”.
“A crise económica motivada pela Covid-19 está a arrastar muitas dessas famílias cristãs para uma situação aflitiva de pobreza total”, alerta a fundação, propondo aos portugueses a recitação do terço, durante a Quaresma, por todos os que sofrem.
“Todos podemos oferecer um pouco do nosso tempo, rezando pelos que mais sofrem”, afirma Catarina Martins de Bettencourt, diretora da Fundação AIS em Portugal, citada no comunicado.
A responsável alerta que “entre os que mais sofrem estão todos os que são violentados nos seus direitos mais básicos, apenas por serem cristãos, por professarem a religião mais perseguida no mundo”.
“Rezar por todos eles é um imperativo. Mas também não queremos e não podemos esquecer as vítimas da pandemia do coronavírus e os seus familiares, os médicos e enfermeiros, os bombeiros, todos os que nos hospitais, centros de saúde e nos lares e os que têm procurado minimizar o sofrimento dos doentes”, acrescenta a diretora da Fundação AIS em Portugal.
Catarina Martins de Bettencourt recorda que a Quaresma é “um tempo propício para a oração” e pede a ajuda de todos para que esta iniciativa se torne em “uma verdadeira corrente de oração”.
“Todos juntos seremos seguramente mais fortes”, afirma a responsável, sublinhando que a “oração é um dos pilares da missão da Ajuda à Igreja que Sofre, a par da informação e da partilha”.
O convite aos portugueses para esta corrente de oração é, segundo a AIS, uma forma de chamar de novo a atenção para a realidade, tantas vezes ignorada, da ausência de liberdade religiosa em muitos países e da necessidade de solidariedade concreta junto das comunidades que mais sofrem, que estão mais isoladas, mais abandonadas.