O novo telescópio James Webb, lançado com sucesso este Natal, vai permitir revelar vários mistérios do universo e permitir ver "o tempo recuado da história do Universo", explica o astrónomo José Augusto Matos.
"Vai permitir ver as primeiras galáxias. São objetos extremamente distantes. A luz desses objetos é muito diminuta", refere, à Renascença.
O especialista da Universidade de Aveiro aponta, ainda, que o telescópio ajudará à "investigação das atmosferas de planetas extrassolares" ou "ver estrelas a nascer dentro de nebulosas, com grande pormenor, que até agora não era possível".
O telescópio James Webb sucede ao Hubble, que estava em funcionamento há 30 anos.
"É maior que o Hubble e que vai trabalhar no infravermelho. Como é maior, tem uma capacidade de captar luz superior", explica José Augusto Matos.
O James Webb vai estar em funcionament durante 10 anos e "longe do planeta Terra" e será um telescópio que "estará sempre protegido do sol", explica também o astrónomo.
O projeto também conta com mão portuguesa. Engenheiros do Instituto de Soldadura e Qualidade estão envolvidos na segurança das operações de lançamento.
E a astrónoma portuguesa Catarina Alves de Oliveira, que trabalha no Centro de Operações Científicas da Agência Espacial Europeia em Espanha, é responsável pela calibração de um dos instrumentos do James Webb