Os Estados Unidos vão retomar as sanções contra o Irão, a partir desta terça-feira. A medida é tomada após a administração Trump ter abandonado o acordo nuclear com Teerão.
As novas sanções impedem qualquer transação envolvendo dólares, ouro e outros metais preciosos, alumínio, aço, venda de aviões e carvão, bem como a importação de tapetes e alimentos iranianos.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou em maio deste ano a saída do acordo nuclear celebrado, em 2015, entre a Administração Obama, o Irão e outras potências ocidentais.
Donald Trump confirma o regresso das sanções e diz estar disponível para negociar um novo acordo nuclear com o Irão. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, defende que o objetivo das sanções é obrigar o Governo iraniano a mudar o seu comportamento.
“Estamos muito esperançados em encontrar um caminho para seguirmos em frente, mas vai ser preciso uma enorme mudança por parte do regime iraniano”, declarou Pompeo, no domingo.
“Eles têm de se comportar como um país normal. É isso que queremos. É bastante simples”, sublinhou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, um conhecido opositor do regime de Teerão.
Em resultado da decisão dos EUA, mais de uma centena de empresas internacionais vão abandonar o mercado iraniano, avançam fontes oficiais norte-americanas, citadas pela agência Reuters.
O Presidente Donald Trump está disponível a encontrar-se, “em qualquer altura”, com a liderança do Irão, garantem as mesmas fontes.
Em comunicado, os restantes países signatários do acordo, nomeadamente a Alemanha, Reino Unido, França e União Europeia condenaram o passo dado pelo Governo de Trump. No documento conjunto, os Ministérios dos Negócios Estrangeiros dizem "lamentar profundamente" a decisão dos EUA e reforçam que "preservar o acordo nuclear com o Irão é uma questão de respeito pelos acordos internacionais e uma questão de segurança internacional".