Henry Kissinger fez uma visita à China. Foi recebido com grande simpatia e teve uma conversa com Xi Jinping. Em 1972, o então presidente dos EUA, Nixon, visitou a China. Kissinger foi então decisivo para quebrar o isolamento chinês.
As circunstâncias são hoje diferentes; a política norte-americana coloca restrições ao comércio com a China, preocupa-se com o que pode acontecer a Taiwan e com questões de direitos humanos no território chinês.
Vários políticos da administração americana têm recentemente procurado melhorar o relacionamento com a China. É o caso do enviado especial dos EUA para os Assuntos Climáticos, John Kerry, do secretário de Estado Antony Blinken e da secretária do Tesouro Janet Yellen, nomeadamente. Mas as preocupações com a China têm agora também a ver com a economia daquele país, que cresce menos do que o previsto.
No passado dia 17 foi revelado que o PIB chinês tinha crescido 6,3% em junho, relativamente a junho de 2022. Parece um número positivo, mas ficou abaixo das previsões. Em cadeia, no segundo trimestre deste ano o PIB chinês subiu apenas 0,8% comparado com o primeiro trimestre. As exportações chinesas denominadas em dólares baixaram 12% em junho, relativamente a junho do ano passado. E começaram a surgir receios de deflação. Estima-se que a economia chinesa cresça 5% no corrente ano.
Não surpreende a China ter agora um crescimento económico mais “normal”. Abrandou a grande migração dos campos para as cidades e para empregos mais produtivos. Só que o enriquecimento da população chinesa proporcionado pelas altas taxas de crescimento económico funcionava como uma compensação para a apertadíssima vigilância exercida pelo partido comunista chinês sobre as pessoas. Tal compensação passa assim a ser menor, quando a vigilância das autoridades se torna cada vez mais opressiva; não são de excluir problemas sociais resultantes deste abrandamento económico.
Ora o forte controle do Estado/partido comunista (não se distinguem) sobre os chineses também é exercido sobre as empresas. Longe vão os tempos de Deng Xiao Ping e da abertura à economia de mercado. Está aqui mais um motivo para a economia da China não voltar aos números espetaculares de há anos atrás.
Francisco Sarsfield Cabral
Henry Kissinger fez uma visita à China. Foi recebido com grande simpatia e teve uma conversa com Xi Jinping. Em 1972, o então presidente dos EUA, Nixon, visitou a China. Kissinger foi então decisivo para quebrar o isolamento chinês.
As circunstâncias são hoje diferentes; a política norte-americana coloca restrições ao comércio com a China, preocupa-se com o que pode acontecer a Taiwan e com questões de direitos humanos no território chinês.
Vários políticos da administração americana têm recentemente procurado melhorar o relacionamento com a China. É o caso do enviado especial dos EUA para os Assuntos Climáticos, John Kerry, do secretário de Estado Antony Blinken e da secretária do Tesouro Janet Yellen, nomeadamente. Mas as preocupações com a China têm agora também a ver com a economia daquele país, que cresce menos do que o previsto.
No passado dia 17 foi revelado que o PIB chinês tinha crescido 6,3% em junho, relativamente a junho de 2022. Parece um número positivo, mas ficou abaixo das previsões. Em cadeia, no segundo trimestre deste ano o PIB chinês subiu apenas 0,8% comparado com o primeiro trimestre. As exportações chinesas denominadas em dólares baixaram 12% em junho, relativamente a junho do ano passado. E começaram a surgir receios de deflação. Estima-se que a economia chinesa cresça 5% no corrente ano.
Não surpreende a China ter agora um crescimento económico mais “normal”. Abrandou a grande migração dos campos para as cidades e para empregos mais produtivos. Só que o enriquecimento da população chinesa proporcionado pelas altas taxas de crescimento económico funcionava como uma compensação para a apertadíssima vigilância exercida pelo partido comunista chinês sobre as pessoas. Tal compensação passa assim a ser menor, quando a vigilância das autoridades se torna cada vez mais opressiva; não são de excluir problemas sociais resultantes deste abrandamento económico.
Ora o forte controle do Estado/partido comunista (não se distinguem) sobre os chineses também é exercido sobre as empresas. Longe vão os tempos de Deng Xiao Ping e da abertura à economia de mercado. Está aqui mais um motivo para a economia da China não voltar aos números espetaculares de há anos atrás.
Francisco Sarsfield Cabral