"Não existe pressão excessiva" nos serviços de saúde de Lisboa e Vale do Tejo
22-06-2020 - 16:02
 • Renascença

O secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales adiantou que os serviços de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo “não estão sob grande pressão”, mas há unidades com taxas de ocupação perto do máximo.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afiança que os serviços de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo “não estão sob grande pressão” e que há "espaço de conforto para eventual subida e eventual maior pressão” de novos casos, apesar de ser nesta região que se concentra a maioria dos casos registados no país.

Na final da conferência de imprensa desta segunda-feira, o governante disse que a situação não é homogénea na região. O hospital Amadora-Sintra, com uma taxa de ocupação de 93%, o Hospital Beatriz Ângelo, em Odivelas, com 100%, e o Hospital de Setúbal, com 86%, são as unidades de saúde com maior pressão de internados.

Relativamente às unidades de cuidados intensivos nesta região, segundo Lacerda Sales, a taxa de ocupação é de 59%. “Em 218 camas, estão ocupadas 129 e livres 89”, informou o secretário de Estado de Saúde, sublinhando, também nesse momento, que “há hospitais sob maior pressão” como o hospital Amadora-Sintra, o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, ou o Hospital de Setúbal, e outros sob “menor pressão” como o Centro Hospital Lisboa Ocidental e o Centro Hospitalar do Médio Tejo.

“O conjunto de camas livres da Área Metropolitana de Lisboa afeta a Covid está um pouco abaixo dos 50%. Estes números significam que não existe pressão excessiva sobre os serviços de saúde e que nos dá um espaço de conforto para eventual subida e eventual maior pressão”, defendeu o secretário de Estado.

Mais 20 profissionais de saúde

Lacerda Sales tinha ainda dito antes que foram transferidos cerca de 20 profissionais para os serviços de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo, que “continua a concentrar” a “atenção” e “esforço das autoridades de saúde”.

“Houve um reforço de profissionais de saúde nas unidades de saúde da Amadora, Sintra, Loures e Odivelas, que já duplicaram a capacidade de realização de inquérito epidemiológicos”, afirmou.

O mesmo responsável defendeu, uma vez mais, que “sesconfinar não é relaxar nem desresponsabilizar". "Temos a obrigação de continuar a cuidar uns dos outros. Os mais jovens têm a obrigação de proteger os mais velhos e mais frágeis”, concretizou.

Em relação, a distribuição da testagem à Covid-19 por concelho, Lacerda Sales disse não ter dados concretos. Apenas repetiu que na região de Lisboa e Vale do Tejo concentram 40% dos testes, e que por conseguinte "onde se testa mais descobrem-se mais casos".