As autoridades de Veneza pediram ao Governo italiano que decretasse três dias de luto na região, pela morte de 21 pessoas na queda de um autocarro de um viaduto durante a noite de terça-feira. "É um período de luto para todos, um período de silêncio", justificou o responsável local Michele Di Bari, citado pela agência de notícias italiana Ansa.
O autocarro despenhou-se de um viaduto na zona de Mestre, em Veneza, no nordeste de Itália. Além de 21 mortos confirmados, há pelo menos 15 feridos.
As autoridades hospitalares disseram, esta quarta-feira de manhã, que nove pessoas estavam em estado crítico, incluindo uma menina ucraniana de três anos, segundo a agência norte-americana AP.
Os passageiros do autocarro eram maioritariamente turistas estrangeiros jovens que regressavam a Veneza de um parque de campismo próximo.
Michele Di Bari disse que pelo menos duas das vítimas mortais eram crianças. As autoridades identificaram cinco ucranianos, um alemão e o condutor italiano do autocarro, de 40 anos, segundo a Ansa.
Entre os feridos, foram identificados quatro ucranianos, dois espanhóis, dois austríacos, um alemão e um francês. Esta manhã, quatro dos feridos ainda não tinham sido identificados.
O veículo era um autocarro elétrico, que se incendiou depois de cair de uma altura de cerca de 15 metros, ao derrubar a proteção do viaduto.
O comandante da polícia municipal de Veneza, Marco Agostini, admitiu que o condutor poderá ter-se sentido mal por não haver sinais de travagem, segundo noticiou a agência espanhola EFE.
O governador do Veneto, de que Veneza é a capital, Luca Zaia, disse hoje que se suspeita que o acidente tenha resultado de má condução.
O procurador-chefe de Veneza, Bruno Cherchi, anunciou a abertura de um inquérito para tentar determinar as causas do acidente.