O centro da segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, está a ser alvo de novos bombardeamentos russos nesta manhã de terça-feira, anunciou o chefe da administração regional de Kharkiv, Oleh Sinehubov.
O edifício da administração, no centro da cidade, e vários prédios residenciais foram alvo das forças russas, acrescentou o responsável.
O bombardeamento russo contra Kharkiv provocou ferimentos em, pelo menos, 20 pessoas, avançam os serviços de emergência, citados pela BBC. Num discurso ao povo ucraniano, o Presidente Zelensky condenou o ataque.
“O mundo pode e deve fazer mais”
O ministro dos Negócios Estrangeiros classifica como “bárbaro” o ataque a Kharkiv e já veio pedir mais sanções contra Moscovo.
“Mísseis russos bárbaros atingem a Praça da Liberdade central e bairros residenciais de Kharkiv. Putin é incapaz de quebrar a Ucrânia. Comete mais crimes de guerra por fúria, assassina civis inocentes”, acusou Dmytro Kuleba nas redes sociais.
“O mundo pode e deve fazer mais. Aumente a pressão, isole a Rússia totalmente”, escreveu.
Até ao momento, a ofensiva russa na Ucrânia já matou mais de 350 civis, incluindo crianças. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.