Para Catarina Martins de Bettencourt, a viagem do Papa Francisco à Mongólia, iniciada esta quinta-feira, traduz-se num gesto que “mostra que cada um de nós é importante”.
“Apesar de ser uma minoria nós temos de olhar por ela. E o Papa e o Vaticano têm de olhar por esta minoria. Estas minorias têm de ter lugar na sociedade e naquele contexto, e por isso, a viagem do Papa é também um sinal do respeito pelas minorias e pela religião das pessoas que habitam um determinado país”, reforça.
A presidente da AIS afirma, por outro lado, que o Papa também quer demonstrar que é possível "a convivência e o respeito entre as várias religiões".
Catarina Martins de Bettencourt lembra que “a Mongólia está entre dois países onde a liberdade religiosa não existe", o que reveste esta viagem de maior importância.
"Está entre a China e está ali também junto à Rússia onde a liberdade religiosa também tem muitos problemas. E o Papa escolheu esta viagem à Mongólia, um país onde esses problemas não existem, para mostrar que é necessário e é possível haver esta convivência entre as várias religiões, apesar das dificuldades que possam existir.”
Para a presidente da AIS, Francisco pretende com “este gesto concretizar aquilo que nos vem dizendo desde o início do seu Pontificado, ou seja que é preciso ir ao encontro das periferias, ao encontro daqueles que estão mais longe”.
“E com este gesto, o Papa prova que todos são importantes”, acrescenta.
Por outro lado, a responsável destaca que a viagem do Papa ao continente asiático será também “um momento muito importante para destacar a importância do diálogo inter-religioso”.
O Papa Francisco parte esta quinta-feira de Roma para uma visita à Mongólia que vai terminar no dia 4 de setembro. Francisco visita um país onde o número de batizados não chega aos 2 mil.