Em tempo de quarentena, assista a uma tertúlia em Casa de Amália Rodrigues
06-04-2020 - 14:54
• Maria João Costa
A Fundação Amália Rodrigues e RTP assinalam centenário da artista com um programa-tertúlia. A estreia é esta sexta-feira, dia 10 de abril, às 22h45, na RTP1.
A declaração de pandemia do novo coronavírus e o consequente estado de emergência afetaram, e muito, a programação das celebrações do centenário de Amália Rodrigues. Há iniciativas suspensas, outras adiadas, mas há uma que poderá ver já esta semana na televisão pública. Chama-se “Em Casa d’Amália” e é um programa inspirado nas famosas tertúlias em casa da fadista.
Na Rua de São Bento, que muitos gostavam que se chamasse “Rua Amália”, fica a casa de fachadas amarelas onde Amália Rodrigues recebeu artistas de todo o mundo. Desde poetas a cantores, passando por pintores, músicos ou atores, eram muitos os amigos com quem a fadista partilhava, noite fora, encontros que agora vão ser replicados, mas com outra geração.
A ideia da Fundação Amália Rodrigues à qual se junta a RTP resulta numa série de programas gravados na sala da fadista, na agora Casa Museu Amália. O programa de estreia emitido em sinal aberto pela RTP1 esta sexta-feira dia 10, vai contar com a presença de Jorge Fernando.
Ao guitarrista de Amália, que é o convidado central da tertúlia, vão juntar-se também outras figuras da música portuguesa contemporânea como o fadista Ricardo Ribeiro ou o músico Dino D’Santiago. A conversa é informal e conta também com outro guitarrista, Custódio Castelo.
Na conversa, que já sabemos que é como as cerejas, ouvem-se histórias vividas com a Diva do Fado contadas por Jorge Fernando ou as confissões de Ricardo Ribeiro sobre o Fado da sua vida. Mas esta primeira tertúlia tem uma convidada surpresa. Com o Fado como elemento de união entre todos os que habitam a sala de Amália, heis que chega outra grande fadista da atualidade, Ana Moura que assim se junta a esta tertúlia.
A conversa em Casa d’Amália é conduzida por José Gonçalez. Pela sala de paredes em azulejo azul e branco, vão passar em episódios futuros outros artistas do Fado. “Vamos falar sobre a nossa cultura, a nossa história, a nossa realidade atual transmitida muitas vezes através do Fado”, elevado à condição de Património da Humanidade pela UNESCO, diz a organização em comunicado.