A campanha de vacinação para a gripe sazonal e para a Covid-19 arranca a 29 de setembro.
Este ano os utentes vão ser, maioritariamente, vacinados nas farmácias e terão de realizar agendamento.
Só serão convocadas pelos centros de saúde as pessoas com comorbilidades de risco até aos 60 anos de idade.
Pela primeira vez, a vacina da gripe é gratuita também para pessoas entre os 60 e os 64 anos - uma medida que abrange cerca de 700 mil pessoas.
A Renascença colocou várias questões à Direção-Geral da Saúde (DGS) para explicar o essencial da nova campanha.
Já há data para a publicação das normas de vacinação?
As normas serão publicadas com a antecedência necessária ao início da vacinação, calendarizada para o dia 29 de setembro.
Tal como no passado, a publicação das normas não comprometerá o inicio da vacinação.
Já estão definidos os grupos prioritários?
Os grupos prioritários definidos na estratégia de vacinação da próxima campanha serão similares aos estabelecidos nas campanhas contra a gripe e contra a Covid-19 de anos anteriores.
De acordo com a estratégia de vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe do próximo outono-inverno 2023-2024, entre os critérios de elegibilidades incluem-se a idade, pessoas com 60 ou mais anos de idade, ou comorbilidades de risco, de acordo com as patologias já identificadas em épocas anteriores e que apresentavam maior risco de doença grave quando associadas a estas infeções.
Adicionalmente, e tal como em anos transatos, existirá a vacinação dos profissionais de saúde e de contextos como lares.
As duas vacinas serão dadas em simultâneo?
A coadministração das vacinas contra a gripe sazonal e contra a Covid-19 continua a ser uma estratégia segura e efetiva, contribuindo para a maior adesão à vacinação, pelo que será mantida ao longo desta campanha.
Os grupos prioritários serão chamados?
Existirá convocatória ativa das pessoas com comorbilidades de risco até aos 60 anos de idade pelas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Para vacinação nas farmácias comunitárias, os utentes com 60 ou mais anos de idade devem realizar o agendamento da vacinação diretamente numa farmácia ou na plataforma online disponível para o efeito, divulgada pelas associações de farmácias.
Como é que se garante que ninguém recebe a vacina duas vezes?
Tanto as vacinas administradas no SNS como as vacinas administradas nas farmácias comunitárias são registadas na Plataforma Vacinas, onde está disponível o histórico vacinal contra a gripe e contra a Covid-19 do utente e que deve ser consultado pelo profissional de saúde previamente à vacinação.
Quem teve Covid-19 há menos de três meses não é vacinado?
Nas situações em que foi confirmada a infeção por SARS-CoV-2, o intervalo recomendado entre a dose de reforço sazonal e infeção continua a ser um intervalo mínimo de três meses. Portanto, não deve ser vacinado.
Como é que se garante isso?
Não existem questões de segurança associada à vacinação contra a Covid-19 em pessoas recentemente infetadas, pelo que não se recomendam medidas adicionais que atestem uma infeção prévia.
Os profissionais de saúde que administram e registam a vacinação no SNS e nas farmácias comunitárias terão disponível para consulta o histórico de infeção por SARS-CoV-2, além do histórico vacinal contra a gripe e contra a Covid-19 do utente.
Como se vai processar a vacinação nos lares de idosos?
Os residentes e profissionais de lares são um grupo elegível para a vacinação contra a gripe e contra a Covid-19 ao longo das várias campanhas de vacinação, que se mantém também nesta campanha.
Qual é o universo da população a vacinar?
O total de pessoas elegíveis para a vacinação contra a gripe e Covid-19 inclui também o número de pessoas que estão entre os 60 e os 64 anos de idade, para além do universo já anteriormente considerado.
Tendo como pressuposto um cenário mais conservador e outro de maior cobertura, estima-se vacinar entre 1.9 milhões a 2.6 milhões contra a Covid-19 e contra a gripe (pessoas com 60 ou mais anos de idade e restantes grupos elegíveis).