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A situação de contingência em Portugal foi prolongada por mais duas semanas, até ao final do dia de 14 de outubro, devido à pandemia de Covid-19, anunciou esta quinta-feira o Conselho de Ministros.
"O Conselho de Ministros aprovou hoje a resolução que prorroga a declaração da situação de contingência em todo o território nacional, no âmbito da pandemia da doença Covid-19, até às 23h59m do dia 14 de outubro de 2020", refere o comunicado da reunião do Governo.
A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adianta que a situação de contingência em Portugal continental será reavaliada pelo executivo dentro de duas semanas, então já com uma análise mais aprofundada sobre o impacto das primeiras semanas de aulas nas escolas.
A decisão acontece numa altura em que o número de casos diários de Covid-19 tem vindo a aumentar em Portugal.
De acordo com o boletim epidemiológico de quarta-feira, o país regista um total de 1.928 óbitos provocados pelo novo coronavírus e um total de 70.465 infeções confirmadas desde a chegada da pandemia, no início de março.
A situação de contingência, que até então só vigorava na região de Lisboa e Vale do Tejo, foi alargada ao resto do país a 15 de setembro para fazer à face à pandemia de Covid-19.
As novas regras impuseram novos limites a nível de ajuntamentos, funcionamento dos estabelecimentos comerciais, lares e escolas. Há ainda regras específicas para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
A Madeira está em situação de calamidade, decretada pelo Governo Regional, até ao final do mês de setembro, o mesmo nível mantido pelo Governo dos Açores até 1 de outubro nas cinco ilhas com ligação aérea ao exterior do arquipélago (Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial).
As restantes quatro ilhas açorianas (Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo) permanecem em situação de alerta até à mesma data.
Portugal apresenta um risco moderado para a população geral devido à Covid-19 e um risco muito alto para os grupos mais vulneráveis. De acordo o mais recente relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), conhecido esta quinta-feira, o aumento sustentado dos níveis de transmissão observados indicam que “as intervenções não farmacêuticas em vigor não alcançaram o efeito pretendido, seja porque a adesão às medidas não é ideal ou porque as medidas não são suficientes para reduzir ou controlar a exposição”.
Para além de Portugal, também Áustria, Dinamarca, Estónia, França, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Eslováquia, Eslovénia e Reino Unido estão entre os países europeus onde o aumento da taxa de notificação tem origem no elevado volume de testes e a transmissão ocorre principalmente entre os mais jovens, com reduzida proporção de casos críticos e baixa taxa de notificação de óbitos devido à doença.
MAPA DA COVID-19