A CP suprimiu 60 comboios dos 252 programados entre as 00h00 e as 8h00 desta segunda-feira devido à greve dos trabalhadores, a maioria urbanos de Lisboa e regionais.
Neste período, segundo dados da transportadora circularam apenas 192 composições, o que corresponde a 23,8% das viagens programadas.
De acordo com a empresa, dos 67 comboios regionais previstos não se realizaram 24 e nos urbanos de Lisboa estavam programados 113 e foram suprimidos 25.
Nos urbanos do Porto, foram suprimidas seis ligações das 52 programadas. Nos comboios de longo curso, realizaram-se 11, das 12 ligações previstas.
A paralisação, convocada por vários sindicatos, contesta o “impasse” nas negociações salariais com a administração da Infraestruturas de Portugal.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a “melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor”.
Os trabalhadores reclamam ainda uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.
Até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.
Até 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.