Luís Castro quer conduzir o Botafogo ao apuramento direto para a Taça Libertadores, em 2023, mas avisa que, para tal, é preciso haver melhorias.
À porta da segunda época à frente do clube do Rio de Janeiro, o treinador português assume, em entrevista exclusiva a Bola Branca, que não quer voltar a viver uma época "altos e baixos" como a anterior: o Botafogo ficou no 11.º lugar do campeonato e falhou o acesso à Libertadores.
Perspetivar 2023, para já, "é uma incógnita", pois dependerá de melhorias em dois aspetos. Ainda assim, Luís Castro sonha com a Libertadores - para tal, terá de terminar o Brasileirão entre os seis primeiros.
"Temos um conjunto de decisões tomadas que deverão ser cumpridas para atingirmos o que queremos. Queríamos colocar o clube numa rota de apuramento direto para a Libertadores, mas isso vai depender daquilo que nós construamos a nível de plantel e de infraestruturas. O futuro do clube passa muito por melhorias pelo menos a estes dois níveis", diz.
Havendo melhorias nessas duas vertentes, Luís Castro quer "lutar pelo apuramento direto para a Libertadores": "Não me passa pela cabeça andar a fazer uma temporada, como a deste ano, com altos e baixos."
Foi, também, uma época de contestação, devido aos altos e baixos, e que terminou com o apuramento para a Taça Sul-Americana. Com o elevar da fasquia, a "cobrança" dos adeptos será maior. Luís Castro nada teme: "Eu já sabia, quando optei por vir para o Brasil, que seria assim."
"Não esperava encontrar o paraíso. Sei o que é a intensidade da opinião pública e o viver o futebol 24 horas por dia. Todo esse contexto gera aqui um conjunto de momentos dificeis. Mas - sempre percebi que - tudo na vida é ultrapassado com trabalho", finaliza, em forma de balanço.
Luís Castro fala de uma época irregular, no entanto, deixou alguns dados de relevo: devolveu o Botafogo a uma competição internacional após quatro anos e foi o terceiro melhor visitante do Brasileirão.