O Hospital Amadora-Sintra está sem vagas em cuidados intensivos e nos cuidados intermédios. Nesta altura, tem 75 doentes na urgência à espera de vaga para internamento.
“Neste momento, estamos sem vagas de cuidados intensivos e de cuidados intermédios. Temos alguns doentes no serviço de urgência a aguardar essa disponibilidade de vaga para poderem ficar internados”, disse esta sexta-feira à Renascença a diretora clínica, Bárbara Flor de Lima.
“Esta afluência tem a ver com a maior procura nos últimos, mas também com a maior gravidade dos doentes, que leva à necessidade de internamento e de cuidados diferenciados”, sublinhou.
Desde há duas semanas que a terceira maior urgência do país entrou em contingência devido à elevada afluência de utentes.
O Hospital Amadora-Sintra tem tido equipas reforçadas e está a transferir doentes para unidades privadas e para o Hospital das Forças Armadas.
“Estão a ser tomadas algumas medidas. Já aumentamos a capacidade de vagas nos cuidados intensivos, mais duas em relação às 27 vagas habituais. Também aumentamos a capacidade de internamento de doentes médicos e também de algumas vagas contratualizadas em unidades exteriores, privadas e outras, para nos darem auxílio na disponibilidade de vagas”, explica a diretora clínica, Bárbara Flor de Lima.
O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, também já iniciou contactos com o Hospital das Forças Armadas para a eventual transferência de doentes. Está com uma ocupação acima dos 90% e com a unidade de cuidados intensivos quase completa.
O tempo de espera dos utentes triados com pulseira amarela é de 7 horas e, nesta altura, a urgência do Hospital de Santa Maria está a recusar doentes fora de área, indicou à Renascença o diretor clínico, Rui Tato Marinho.
Rui Tato Marinho adianta que o Hospital de Santa Maria está a antecipar as altas, vai aumentar a atividade cirúrgica no fim de semana para escoar os doentes que se encontram na urgência e está à procura de soluções para 28 utentes que já tiveram alta mas não têm para onde ir.