A fação afegã dO Estado Islâmico (EI) assumiu esta segunda-feira a responsabilidade pelo atentado de domingo contra membros do movimento talibã junto a uma mesquita em Cabul, no qual pelo menos duas pessoas morreram.
De acordo com a organização extremista, o ataque foi perpetrado por bombista suicida com um cinto de explosivos.
A agência de informação do EI, Amaq, assegurou nas redes sociais que, segundo "fontes militares", o autor do atentado "conseguiu atingir um grande grupo de dirigentes e elementos da milícia talibã".
"Cruzou um dos dois postos de controlo colocados pelas milícias para proteger a área onde um grande número de líderes e membros da milícia se encontravam, depois detonou o cinto de explosivos, [...], deixando dezenas deles entre mortos e feridos", adicionou.
O ataque, que segundo o Ministério do Interior talibã provocou pelo menos duas mortes, teve por alvo uma multidão reunida junto à entrada de uma mesquita, onde estava a ser realizada uma cerimónia fúnebre pela morte da mãe do principal porta-voz dos talibãs.
"Segundo as nossas informações iniciais, dois civis foram mortos e três ficaram feridos na explosão", disse à AFP o porta-voz do Ministério do Interior, Qari Sayed Khosti.
Ahmadullah, um comerciante cuja loja se situa próximo da mesquita, disse à AFP que "ouviu o som de uma explosão seguida de tiros".
"Mesmo antes da explosão, os talibãs tinham bloqueado a rua, em preparação para uma oração pela mãe de Zabihullah Mujahid na mesquita", acrescentou a testemunha.
Zabihullah Mujahid, porta-voz do Governo talibã e figura importante do movimento, tinha no sábado divulgado amplamente nas redes sociais o local e a hora da cerimónia em memória da sua mãe.
O porta-voz do Governo divulgou hoje na rede social Twitter que uma explosão junto da segunda maior mesquita da cidade tinha provocado a morte de várias pessoas.
O último ataque mortal em Cabul tinha sido em 26 de agosto, quando 72 pessoas morreram e mais 150 ficaram feridas num atentado no aeroporto de Cabul, reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
De acordo com a Amaq, além do ataque junto à mesquita, o EI concretizou outras ações violentas, nos últimos dias, "em várias regiões do Afeganistão, o que causou grandes perdas nas fileiras da milícia" talibã.