O Ruanda iniciou, no domingo, um período de luto nacional de 100 dias – o tempo que durou o genocídio de1994. O anúncio foi feito pelo Presidente Paul Kagame e a primeira-dama Jeannette Kagame, numa cerimónia em memória das vítimas que decorreu em Gisozi, na capital Kigali.
A homenagem começou com a deposição de flores, pelo Presidente, no memorial onde estão enterradas mais de 250 mil pessoas. Paul Kagame acendeu também a "Chama da Lembrança".
"Há 25 anos, o Ruanda caiu em uma vala profunda devido a uma má liderança; hoje, somos um país de esperança e uma nação elevada", afirmou Agnes Mutamba, de 25 anos, nascido durante o genocídio.
No evento, estavam presentes líderes de cerca de 20 países, entre eles, Chade, Congo, Djibuti, Níger, Bélgica, Canadá e Etiópia, bem como representantes de organizações como a União Africana e a União Europeia.
Entre abril e julho de 1994, depois do assassinato do terceiro Presidente da República do Ruanda, Juvénal Habyarimana, extremistas hutus davam início a um dos piores massacres da História da humanidade, fazendo cerca de 800 mil mortos, na sua maioria da etnia tutsi.
Passado um quarto de século da tragédia, ainda vão sendo encontrados corpos. No ano passado, autoridades em Ruanda descobriram sepulturas em massa com 5.400 corpos de vítimas do genocídio.