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A coordenadora do BE, Catarina Martins, afirmou hoje que não se opõe à renovação do estado de emergência por mais 15 dias, mas espera que este seja o último desta fase, caso se mantenham as condições para o desconfinamento.
No final da reunião, por videoconferência, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito do decreto presidencial de renovação do estado de emergência, Catarina Martins adiantou que o partido mantém o posicionamento que tem tido até agora e por isso não se opõe a que este seja renovado por um novo período de 15 dias.
"Esperamos que seja possível manter o desconfinamento, que os números continuem numa rota de controlo. É isso que esperamos, que idealmente que este seja o último estado de emergência pelo menos nesta fase", avisou.
Para a líder do BE, "sendo possível avançar com o desconfinamento, não tem sentido que o estado de emergência se prolongue indefinidamente", já que esta solução representa "o sinal vermelho" quando há uma necessidade de recuo nas medidas.
Questionada diretamente sobre se os bloquistas se opõem à ideia já defendida pelo Presidente da República e secundada pelo primeiro-ministro de que o estado de emergência deve manter-se até ao final do atual desconfinamento gradual, ou seja, até maio, Catarina Martins foi perentória: "nós achamos que se tivermos condições para continuarmos a desconfinar não tem sentido que todo esse período seja em estado de emergência".
"No passado já fizemos um desconfinamento bem sucedido sem estado de emergência. Não se deve tornar o estado de emergência a forma normal da nossa democracia funcionar porque isso é uma deturpação", enfatizou.
O Bloco de Esquerda sugere que o Governo não apoiou o suficiente famílias e empresas, empurrando-as para créditos junto da banca.
Há muitas moratórias que terminam já na próxima semana e é preciso dar resposta urgente, alerta Catarina Martins, que abordou a questão na reunião com o Presidente da República.