A Rússia anunciou esta quinta-feira um ataque militar ucraniano que visava Vladimir Putin, que, poucas horas depois, participou num encontro com jornalistas e cidadãos na capital russa.
Nove drones ucranianos dirigiam-se a Moscovo e "foram destruídos ou intercetados" sobre Kaluga, a 160 quilómetros da capital russa, segundo o Ministério da Defesa russo.
Fontes russas avançam que nesta última localidade foi atingido um edifício de 12 andares, ficando ferido um residente.
Enquanto Moscovo diz ter sido "uma tentativa frustrada do regime de Kiev de levar a cabo um ataque terrorista utilizando 'drones' aéreos contra locais em território russo", Kiev não se pronunciou sobre a acusação do suposto "contra-ataque", depois de ter sido alvo de um ataque semelhante por parte da Rússia.
Em relatório militar ucraniano, é mencionada a interceção de 41 dos 42 'drones' explosivos lançados pela Rússia durante a noite.
Putin relembrou ainda os objetivos iniciais da ofensiva - desmilitarização, "desnazificação" e neutralidade da Ucrânia -, nesta conferência de imprensa com uma sessão de perguntas do público, a chamada Linha Direta.
Putin afirmou que a Rússia está confiante para "seguir em frente" apesar das sanções económicas, da guerra contra a Ucrânia e do confronto com o Ocidente.