Esperar por outubro? Associação defende retoma das discotecas já a partir de domingo
29-07-2021 - 23:15
 • José Carlos Silva (entrevista) , André Rodrigues (texto)

O Governo decidiu que, afinal, os bares podem voltar a abrir a partir de 1 de agosto, cumprindo as regras que estão em vigor para a restauração. Associação Nacional de Discotecas entende que a medida é replicável nas discotecas, sobretudo as que dispõem de espaços ao ar livre.

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A Associação Nacional de Discotecas (AND) saúda a decisão do Governo de aplicar aos bares as mesmas regras em vigor para aceder à restauração.

Já após a conferência de imprensa, em que o primeiro-ministro, remeteu a reabertura destes espaços para outubro, quando se estima que mais de 85% da população esteja vacinada, o Governo retificou a informação avançada por António Costa e anunciou, afinal, os bares e estabelecimentos de bebidas também estão autorizados a abrir as portas já a partir do próximo domingo, 1 de agosto, seguindo as mesmas regras que vigoram para os restaurantes (certificado digital válido ou teste negativo).

Em declarações à Renascença, o presidente da AND diz-se satisfeito com a emenda introduzida pelo executivo e admite que ainda há "algum tempo para pensar se não fará sentido, também, abrirmos as discotecas com espaços ao ar livre".

No Conselho de Ministros desta quinta-feira, o Executivo admitiu que a reabertura das discotecas só será possível em outubro.

Mas, para este responsável, a reabertura de discotecas, já a partir de 1 de agosto, poderia ser "a resolução para muitos problemas, nomeadamente, para os eventos ilegais que se têm realizado de norte a sul do país, que são espaços onde jovens se divertem de forma descontrolada".

No entanto, para que possam funcionar, os bares têm de cumprir as regras que são aplicadas à restauração, nomeadamente no que diz respeito aos limites de lotação e de ocupação dos espaços.

"Estamos a falar de uma questão de metros quadrados. Se podemos usar a metodologia da restauração nos bares, também podemos usá-la nas discotecas", nem como a manutenção do "uso da máscara e do certificado aos fins de semana", refere José Gouveia.

"Tudo isso é aplicável", acrescenta o presidente da AND, que diz, ainda, não ver razões para que, por razões sanitárias, os bares possam abrir, mas as discotecas se mantenham impedidas de o fazer.

"Os operadores já tinham concordado com a abolição da pista de dança. Aquilo que queremos é criar espaço onde a pista de dança é substituída por mesas e, pelo menos, numa primeira fase, os espaços de discotecas 'open air' deveriam, também, reabrir", conclui.