Não são só os hospitais a sentir pressão nas urgências, os Centros de Saúde também têm lidado com o problema. É o que garante à Renascença o vice-presidente da Associação de Unidades de Saúde Familiares, Diogo Urjais.
“A pressão é comum também. Sabe-se por estudos que, por cada ida às urgências, que os utentes vão a duas consultas por doença aguda nos cuidados de saúde primários”, referiu.
Há, por isso, que trabalhar a questão globalmente porque só aumentando a oferta, a procura vai aumentar. O problema está “na falta de recursos”.
“Os nossos utentes recorrem exageradamente às consultas por doença aguda, quer nos cuidados de saúde primários, quer nos cuidados de saúde hospitalares. Por isso, tem que ser trabalhada numa base global e não com medidas em cima do joelho”, disse.
“Se só aumentamos a oferta, a procura vai aumentar”, acrescenta Diogo Urjais.
Também é fundamental combater a iliteracia dos portugueses em relação ao acesso aos cuidados de saúde, refere o vice-presidente da Associação de Unidades de Saúde Familiares.