Representantes do Partido Republicano em Nova Iorque pediram, esta quarta-feira, a demissão do congressista George Santos, da Câmara dos Representantes.
Filho de pais brasileiros, o político tem estado sob críticas e chacota devido a "mentiras atrás de mentiras" no seu currículo e percurso.
Depois de ter sido eleito nas intercalares de novembro, derrotando o Democrata Robert Zimmerman, George Santos e as alegações que fez sobre o seu passado têm sido escrutinados pelos média e por outros políticos.
Primeiro, afirmava ter completado cursos na Universidade de Nova Iorque e a Faculdade de Baruch, mas nenhuma das instituições têm registos de que Santos tenha frequentado qualquer licenciatura.
O congressista alegava ainda ter trabalhado na Goldman Sachs e na Citigroup, contudo isso também revelou-se como uma mentira.
A mentira que exacerbou mais os ânimos, no entanto, teve a ver com a sua descendência.
É factual que George Santos é filho de pais brasileiros, porém o político tinha ainda dito que era judeu e que os seus avós tinham sobrevivido ao Holocausto.
Desde então, o congressista tem tentado evitar os médiam dando origem a um momento caricato em que, ao tentar fugir de jornalistas, acabou por ir para o sítio errado.
Agora, é o próprio Partido Republicano a pedir a demissão de George Santos.
Uma dúzia de representantes do partido em Nova Iorque deram uma conferência a pedir a sua demissão do cargo, o que daria origem a uma eleição especial no terceiro distrito da cidade.
"George Santos não tem a capacidade para servir na Câmara dos Representantes e deve demitir-se", disse o Republicano Anthony D'Esposito, que representa um distrito vizinho.
Mesmo assim, o congressista publicou na sua conta de Twitter que "continua comprometido" em servir os seus eleitores e lamenta que representantes locais do partido "recusem trabalhar para obter resultados para a nossa comunidade ser mais segura e com menos custos de vida".
"Não me vou demitir", conclui.