O Presidente norte-americano, Donald Trump, tenciona convidar o seu homólogo russo, Vladimir Putin, a visitar os Estados Unidos no outono, avança a Casa Branca.
Trump encarregou o conselheiro de segurança nacional, John Bolton, de enderençar o convite ao Kremlin e de preparar a deslocação.
“Essas discussões já estão a decorrer”, adianta a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
A notícia do convite é conhecida três dias depois da cimeira de Helsínquia, em que Donald Trump e Vladimir Putin estiveram reunidos, a sós, sem a presença de conselheiros ou assessores.
Na conferência de imprensa após o encontro, o Presidente norte-americano aceitou a garantia de Putin de que a Rússia não interferiu nas eleições de 2016 nos Estados Unidos, desmentindo os seus próprios serviços secretos, mas no dia seguinte foi obrigado a corrigir as suas declarações após uma chuva de críticas internas.
O diretor dos serviços secretos dos EUA confessou esta quinta-feira que nem ele sabe do que falaram Trump e Putin em Helsínquia. “Sim, tem razão, não sei o que se passou na cimeira”, disse Dan Coats, em resposta a uma questão levantada no fórum de segurança, no Colorado.
Informado pela moderadora de que Trump tinha convidado Putin, o diretor dos serviços secretos mostrou-se surpreendido: "Diga lá outra vez!? OK. Vai ser especial".
Chuck Schumer, líder da oposição democrata no Senado, já criticou a notícia do convite ao Presidente russo para visitar Washington.
“Até sabermos o que aconteceu na reunião de quatro horas, em Helsínquia, o Presidente não deve ter mais reuniões a sós com Putin. Nos Estados Unidos, na Rússia ou em qualquer lugar”, defende Chuck Schumer.
A última visita de um Presidente russo aos Estados Unidos aconteceu em junho de 2010, era Dmitri Medvedev chefe de Estado da Rússia.