As telecomunicações foram parcialmente restabelecidas na Faixa de Gaza este domingo, depois de terem sido cortadas na quinta-feira, anunciou o operador palestiniano Paltel.
Num comunicado de imprensa, a empresa informou do "restabelecimento progressivo" da rede, no centro e no sul do território, que desde 7 de outubro é alvo de uma intensa campanha militar israelita lançada em resposta aos massacres cometidos no mesmo dia pelo grupo islamita Hamas no sul de Israel.
Na quinta-feira, o Ministério das Comunicações e Tecnologias da Informação do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, tinha dado conta de um "apagão", o quinto desde o início da ofensiva terrestre israelita, em 27 de outubro, que envolvia "a interrupção total de todas as comunicações e serviços de Internet da Paltel e da Ooredoo no centro e no sul da Faixa de Gaza, devido à agressão israelita em curso".
Também a operadora palestiniana Paltel tinha confirmado, na altura, a interrupção das telecomunicações.
"Lamentamos anunciar que todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza foram interrompidos como resultado da agressão em curso e que Gaza está mais uma vez sem rede", disse a empresa.
As falhas de telecomunicações provocam o isolamento do contacto de Gaza com o mundo exterior, mas as comunicações internas também são interrompidas, o que significa que os habitantes de Gaza não podem telefonar ou comunicar entre si, dificultando o contacto da população civil com os serviços de emergência ou as ambulâncias.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel, que matou 1.200 pessoas, a 7 de outubro.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que provocou um elevado nível de destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, um pequeno território com 2,3 milhões de habitantes.
A ofensiva israelita matou 18.680 pessoas na Faixa de Gaza, segundo os números mais recentes divulgados pelo Hamas.