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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, admite "falha relevante" no processo do no aeroporto em Lisboa, mas não se demite do Governo.
Numa curta declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, Pedro Nuno Santos fez "mea culpa", “lamentou a situação criada, fruto de erros de comunicação e articulação”, mas afirmou que "obviamente" vai continuar a trabalhar no executivo de António Costa.
“As falhas tiveram consequências, penalizo-me profundamente. Foi uma falha relevante que assumo”, acrescentou.
Pedro Nuno Santos adianta, no entanto, que este caso “não mancha o trabalho longo, de anos, em conjunto, com o primeiro-ministro” que “não é manchada por este momento infeliz”. “Queremos ultrapassar este momento e retomar o trabalho em conjunto”, acrescentou.
Um dos objetivos agora, acrescenta Pedro Nuno Santos, é “procurar o consenso com o maior partido da oposição”.
Alguns órgãos de comunicação social chegaram a dar como certa a saída do ministro das Infraestruturas do Governo.
O primeiro-ministro, António Costa, determinou esta quinta-feira a revogação do despacho ontem publicado pelo Ministério das Infraestruturas sobre o plano de ampliação do aeroporto de Lisboa, desautorizando Pedro Nuno Santos.
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro indicou esta manhã que "a solução tem de ser negociada e consensualizada com a oposição, em particular com o principal partido da oposição e, em circunstância alguma, sem a devida informação prévia ao senhor Presidente da República".
Fonte próxima do processo garantiu à Renascença que Costa desconhecia o despacho ontem publicado pela tutela e hoje suspenso pelo chefe do executivo.
Na tarde de ontem, fonte do Ministério das Infraestruturas tinha avançado à Renascença que a solução final para um novo aeroporto em Lisboa estava decidida e passava por juntar Montijo e Alcochete, com o desmantelamento previsto do atual aeroporto Humberto Delgado, na capital.
O despacho do Ministério das Infraestruturas foi publicado ao final da tarde de ontem, e confirmava que o Governo ia entregar ao LNEC a Avaliação Ambiental Estratégica.