Os directores das escolas alertam que as provas de aferição estão a dividir o país e as escolas que prevêem que este será o desfecho do processo que o Ministério da Educação decidiu colocar nas mãos dos directores escolares. Esta sexta-feira termina o prazo para as escolas dizerem se não querem fazer as provas de aferição no 2º, 5º e 8º anos do ensino básico.
O Ministério da Educação para já ainda não faz qualquer balanço, mas os directores acreditam que cerca de metade das escolas vão realizar as provas marcadas para o início de Junho.
O processo começou por dividir as escolas com professores contra directores e também pais uns contra os outros. Foi assim no agrupamento de escolas Dr. Costa Neves, em Vila Nova de Gaia, como diz o seu director Filinto Lima.
Apesar das divisões, Filinto Lima decidiu-se pela realização das provas de aferição para os cerca de 650 alunos do seu agrupamento. O também presidente da Associação Nacional dos Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas acredita que esta será a decisão de pelo menos metade das escolas.
Já o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, aponta para uma adesão superior e acredita que a maior parte vai fazer as provas de aferição. Manuel Pereira diz que é uma forma de defender a escola pública.
Manuel Pereira é director do agrupamento de escolas de Cinfães, onde os cerca de 350 alunos do básico vão fazer as provas de aferição a português e a matemática, sendo que no 2º ano têm uma componente de estudo do meio.
As provas, que estão marcadas para o início de Junho, não contam para a nota final dos alunos.
Os directores que optarem por não realizar as provas terão que comunicá-lo ao Ministério da Educação até à meia-noite desta sexta-feira. Contactado pela Renascença, o gabinete de Tiago Brandão Rodrigues não se compromete em divulgar qualquer balanço.