Os social-democratas alemães aceitaram iniciar negociações para formação de um novo Governo com a chanceler, Angela Merkel, para tirar a Alemanha do impasse político, mas impondo condições drásticas, nomeadamente sobre a Europa.
No final de um debate longo e aceso, os 600 delegados do Partido Social-Democrata (SPD), reunidos em congresso em Berlim, decidiram encetar com os conservadores negociações cujo resultado, insistem, continua em aberto.
A partir da próxima semana, o presidente do SPD, Martin Schulz, irá reunir-se com a chanceler e presidente da União Democrata-Cristã (CDU) e com o líder do partido irmão da Baviera, CSU, Horst Seehofer.
Quase três meses após as eleições legislativas no país, Angela Merkel procura ainda um parceiro de Governo.
Muito prudente por ter sofrido uma derrota eleitoral nas legislativas de 24 de setembro, o SPD deixou todas as portas abertas.
"Nós não devemos governar a qualquer preço, mas não devemos recusar a qualquer preço governar", defendeu antes da votação Schulz, antigo presidente do Parlamento Europeu, que fora horas antes reeleito líder do partido a que preside há menos de um ano, com mais de 81% dos votos.