Os ucranianos que vivem em Portugal estão cada vez mais preocupados com tensão entre a Ucrânia e a Rússia.
O presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, adianta à Renascença que alguns dos seus compatriotas estão a ponderar retirar os seus familiares da Ucrânia, caso exista conflito armado, e revela que a associação se prepara para enviar ajuda para o país.
"Estamos a preparar-nos para prestar algum apoio. Se for necessário, vamos juntar dinheiro, comprar roupas. Faremos tudo para ajudar as tropas ucranianas e ajudar as pessoas a defenderem-se e a salvar vidas", afirma o responsável, sublinhando a preocupação dos imigrantes ucranianos com os familiares e amigos que permanecem no país.
Pavlo Sadokha recorda que várias associações de ucranianos em Portugal têm pedido ao governo e ao Presidente da República para que Portugal tenha uma posição firme em relação às "tentativas de chantagem russas".
O ucraniano, que assiste com regularidade aos noticiários da televisão russa, diz que Putin está a preparar o povo para a guerra.
"Todos os dias, oiço os noticiários russos. A retórica sobre esta guerra é a de que os ucranianos são provocados pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Dizem que quem está por trás dos ucranianos é a NATO, que quer atingir ou começar a guerra contra a Rússia", diz. "Parece que não estão não só a preparar-se para entrar na Ucrânia. É um perigo que comece – até tenho medo de dizer esta palavra – a terceira guerra mundial."
Na próxima quarta, 26, a Associação dos Ucranianos em Portugal promove um momento de oração pela paz, unindo-se ao pedido do Papa Francisco.