“As Jornadas são um ponto de encontro que todos esperamos ao longo do ano, mas desta vez vamos fazer tudo online”, explica à Renascença Isabel Figueiredo. Segundo a diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) da Igreja, todos os envolvidos concordaram que esse seria o melhor formato, dado o atual contexto de pandemia. “Vamos fazer as Jornadas através da plataforma Zoom, convidando as pessoas a estarem presentes, como é habitual, nos dois dias, participando nos vários grupos de trabalho que vão existir.”
“É um formato novo para todos nós, mas acreditamos que será produtivo e positivo, e que as pessoas vão gostar”. E que valerá a pena participar, porque “a experiência da pandemia mostrou que a comunicação é fundamental na vida das pessoas”.
'Mais do que Ligados' foi o tema escolhido para esta edição das Jornadas Nacionais da Comunicação Social, dias 24 e 25 de setembro. “Procurámos uma expressão que traduzisse o que queríamos dizer: durante o confinamento aprendemos a estar ligados de outra forma, e estamos mais do que ligados, porque se antes já se fazia muita coisa, havia reuniões que não eram presenciais, de repente essa tornou-se a única forma de comunicar, ou a forma mais natural, portanto, achámos que podia ser um mote interessante”, conta a responsável pelo organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
O encontro abrirá dia 24, quinta-feira, com a conferência 'Palavras e presenças, os desafios de uma pandemia à comunicação', feita a partir de Roma por D. José Tolentino Mendonça. “Seria difícil encontrar melhor forma de iniciar estas jornadas”, sublinha Isabel Figueiredo, explicando que no final “haverá um tempo de debate, em que será possível colocar questões e ouvir as suas respostas”.
O restante programa terá uma vertente mais prática, com grupos de trabalho sobre vários temas: Informação, Assessoria, Imprensa Regional, Conteúdos Digitais/Pastoral Digital, Eventos Online/Liturgia Online e Geração Z, que vão repetir-se nos dois dias, “no primeiro dia com um olhar mais abrangente sobre a sociedade em geral, no segundo focando a experiência mais ligada à comunicação da Igreja”, explica a diretora do SNCS. E dá um exemplo: “no dia 24, no tema de Assessoria, teremos a Elisabete Caramelo, diretora de comunicação da Fundação Gulbenkian, que irá falar sobre a sua experiência durante este período. No dia seguinte ouviremos, sobre o mesmo tema, a Anabela Sousa, que é a diretora de comunicação da Diocese de Setúbal. E será assim com os restantes temas”.
Do programa consta, ainda, a entrega do prémio de jornalismo D. Manuel Falcão, atribuído pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) em parceria com o Grupo Renascença Multimédia. “Este ano já se sabe, porque já foi anunciado, que vai ser entregue à Cristiana Martins, do jornal Expresso, pelo trabalho que sobre a Cartuxa, mas vamos também entregar uma distinção honorífica a dois jornais, o Jornal da Beira e o Notícias da Covilhã, dois jornais centenários, pelo trabalho que têm desempenhado em termos de imprensa regional”, sublinha Isabel Figueiredo.
Esta é uma iniciativa da Igreja, mas está aberta “a todos os que se interessam por esta realidade que é comunicar”, profissionais e órgãos de comunicação. “É uma das marcas das Jornadas”, refere, lembrando que é necessária uma inscrição prévia, mas que o processo ainda não fechou. “Como estamos nesta versão online e não temos problemas logísticos, como em anos anteriores, aceitamos inscrições praticamente até à véspera, se não mesmo no dia”.
O programa das Jornadas e o formulário para a inscrição estão disponíveis aqui.