Covid-19. Enfermeiros criticam gozo de férias nos Hospitais da Universidade de Coimbra
19-01-2021 - 19:37
 • Lusa

Sindicato acusa o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) de ter "dois pesos e duas medidas" na autorização de gozo de férias. Administração remete para a gestão dos recursos.

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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou hoje o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) de ter "dois pesos e duas medidas" na autorização de gozo de férias, avaliação que a administração remete para a gestão dos recursos.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o SEP explica que, perante a atual situação de pandemia e a necessidade de afetar o maior número de recursos possível à organização do trabalho, o CHUC publicou em novembro uma circular normativa relativa à programação das férias.

"Apesar destas orientações (suspensão das férias), há profissionais que, incompreensível e inexplicavelmente, gozaram as férias à revelia daquelas orientações, provocando nas equipas multidisciplinares de saúde uma situação de ‘dois pesos e duas medidas', com as inevitáveis consequências negativas na sua motivação e empenho", critica a estrutura sindical.

Para o sindicato, "os critérios da suspensão das férias, a cumprirem-se, deverão ser obviamente aplicados a todos os trabalhadores do CHUC e o conselho de administração devia clarificar o porquê desta medida discricionária ter sido aplicada só a alguns profissionais".

Confrontado pela agência Lusa com esta situação, a administração do CHUC salienta que "a possibilidade do gozo de férias deve ser avaliado em função da oportunidade de cada equipa o poder fazer, sem prejuízo do interesse global do serviço e do hospital e de acordo com os interesses dos trabalhadores, sempre que tais objetivos possam ser conjugados".

"O que se exige à gestão de recursos humanos é uma avaliação dessas oportunidades e a construção desses equilíbrios e não a passagem de um ‘rolo compressor' de uma norma geral e abstrata que, numa determinada equipa, ou num determinado serviço, pode não fazer qualquer sentido", sublinha.