O Papa Francisco homenageou, esta segunda-feira, em Riga os católicos da Letónia, que persistiram na sua fé apesar das “provações” do século XX.
“Nem o regime nazi nem o soviético apagaram a fé nos vossos corações e, a alguns de vós, não vos fizeram sequer desistir de vos dedicardes à vida sacerdotal, religiosa, à catequese e a vários outros serviços eclesiais que punham em risco a vossa vida”, disse, num encontro que decorreu na catedral católica de São Tiago.
“Estivestes sujeitos a toda a espécie de provações: o horror da guerra e, depois, a repressão política, a perseguição e o exílio”, acrescentou, num encontro que começou com oferta de flores ao pontífice, por um casal de idosos.
A Sé de Riga contou com a presença de 260 idosos de várias paróquias, numa homenagem a quem transmitiu a fé às novas gerações durante a perseguição comunista.
“Embora pareça paradoxal, hoje, em nome da liberdade, os homens livres abandonam os idosos à solidão, ao ostracismo, à falta de recursos, à exclusão e até mesmo à miséria”, advertiu Francisco.
A intervenção saudou a “constância nas adversidades” dos habitantes de Letónia, insistindo que “o cuidado e a proteção” dos mais velhos “são agradáveis e prezados por Deus”.
Após o encontro, o Papa seguiu para a Casa da Santa Família, em Riga, para o almoço com os bispos da Conferência Episcopal da Letónia.
A jornalista da Renascença Aura Miguel acompanha o Papa Francisco na sua Viagem Apostólica à Lituânia, Letónia e Estónia com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.