A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade reconhece que existe "alguma reserva de algumas instituições para receber alguns doentes" e pede ao Governo que se "revisite" o acordo estabelecido em janeiro.
Em entrevista à Renascença, o Padre Lino Maia revela que pretende colocar a questão ao diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, numa reunião agendada para meados de outubro.
“Este não é o assunto prioritário [da reunião], mas é uma questão que vamos colocar”, indicou o presidente do CNIS. De acordo com o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, até final de agosto, cerca de 1.600 pessoas estavam internadas no hospital à espera de resposta social.
Este é um número superior ao que existia aquando da assinatura do acordo entre Governo e Instituições Particulares para que as IPSS's acolhessem parte significativa dos doentes que permanecem nos hospitais depois de terem tido alta.
O Padre Lino Maia afirma que, por vezes, a situação clínica dos doentes leva algumas instituições a colocar reservas ao seu acolhimento.
“Muitas vezes são pessoas com comorbidades, vícios e da parte de algumas instituições há alguma reserva em receber essas pessoas, que merecem dignidade e que precisam de algum tratamento especial”, afirma.
O sacerdote diz que é necessário criar-se uma nova resposta para os casos dos doentes que precisam de tratamento diferenciado, com “residências pequenas e serviços especiais”.