O equipamento estava certificado e a operação de resgate deve ser motivo de orgulho, afirma à Renascença o presidente da Associação Portuguesa de Empresários Itinerantes Certificados. Luís Paulo Fernandes reage ao incidente de de quinta-feira à noite, na Feira de São Mateus, em Viseu, quando sete pessoas ficaram presas num carrossel a cerca de 30 metros do solo.
O equipamento já tinha sido testado noutros países da Europa e está em funcionamento em Portugal há apenas alguns meses, sublinha.
"É um divertimento que estava a funcionar na Europa. Em Portugal, tem de estar devidamente inspecionado e certificado por um dos institutos acreditados pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), sob a tutela do Ministério da Economia", explica Luís Paulo Fernandes.
Em declarações à Renascença, considera ainda que as pessoas foram resgatadas de forma tão célere, o que deixa uma imagem de orgulho ao país e congratula a equipa de resgate que esteve no terreno. Ressalva que em outros países um resgate deste tipo teria demorado muito mais tempo.
"O empresário deu uma imagem que pode orgulhar Portugal, porque o que verificamos a nível mundial de outras situações semelhantes de bloqueio de pessoas nos divertimentos é que decorrem seis, sete, oito horas, no mínimo, para retirar as pessoas deste tipo de equipamentos em altura", refere Luís Paulo Fernandes.
"Tenho recebido mensagens a perguntar como é que foi possível retirar as pessoas em três horas, e como é que o mesmo empresário que vendeu os bilhetes conseguiu ter a coragem, a tranquilidade e serenidade de desbloquear as cadeiras, num equipamento, que penso não ter mais de dois ou três anos", acrescenta o representante.
Entre as pessoas que ficaram retidas durante três horas no equipamento de diversão estava uma criança de 11 anos. Segundo Luís Paulo Fernandes, foram cumpridos todos os critérios de segurança, porque a criança correspondia aos requisitos de altura mínima.
"As cadeirinhas de retenção estão relacionadas com a altura e com o peso. Foi exatamente o que aconteceu, o utilizador de 11 anos estava tão seguro como o de 42. Se estava dentro da altura mínima e da altura máxima, está tudo bem, não há negligência", frisa o presidente da Associação Portuguesa de Empresários Itinerantes Certificados.
O alerta foi dado por volta das 21h00 e o último resgate foi efetuado quando já passavam cerca de 20 minutos da meia-noite.
Entretanto, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) determinou a suspensão cautelar e provisória do equipamento de diversão na Feira de São Mateus