A plataforma que junta vários sindicatos da PSP e associações da GNR anunciou, esta segunda-feira, que vai organizar uma concentração no Largo do Carmo, seguida de um desfile até à Assembleia da República, em 24 de janeiro.
A plataforma esteve esta segunda-feira reunida na sede nacional da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), em Lisboa, onde discutiu novas formas de protesto para exigir o pagamento de um suplemento de missão, tal como tem a PJ.
"Ficou estabelecido reajustar a iniciativa programada para o dia 31 de janeiro, antecipando para o dia 24 de janeiro, a ocorrer em Lisboa, com concentração às 17h30 no Largo do Carmo e desfile até à Assembleia da República", lê-se num comunicado, ao qual a agência Lusa teve acesso.
Em 05 de janeiro, havia ficado definida uma concentração em 31 de janeiro em várias zonas do país, apelando à coesão de todos os elementos das forças de segurança.
Assim sendo, segundo a plataforma, no último dia do mês "mantém-se a iniciativa agendada que terá lugar na cidade do Porto, com concentração às 17:30, no Largo 1.° de Dezembro, com desfile até à Rua 31 de Janeiro".
"A plataforma recorda que convidou e desafiou todos os partidos políticos para uma reunião de trabalho no dia 26 de janeiro, para debater a segurança em Portugal", acrescentou.
Elementos das forças de segurança que estão em protesto por aumentos salariais colocaram, esta segunda-feira, oito caixões em frente à Assembleia da República, simbolizando os anos de Governo socialista e os agentes mortos em serviço.
A ação de protesto foi promovida pelo Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) e contava cerca das 20h00 com a presença de cerca de uma centena de polícias, que estavam em silêncio.
Junto aos caixões podia ler-se em duas lápides: "Aqui jaz a SEGURANÇA PÚBLICA em frente à Assembleia da República, 1867 - 2024" e "Aqui descansa SEGURANÇA PÚBLICA, 1867-2024, "oito anos a ser enterrada"".
A contestação dos elementos da PSP e dos militares da GNR teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que não tem equivalente nas restantes forças de segurança e, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
Os protestos dos polícias começaram de forma espontânea há cerca de uma semana e estão a ser organizados através de redes sociais como Facebook e Telegram.