O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) pede “cautela” no caso das alegadas “más práticas” no Hospital Amadora-Sintra, para que notícias como esta não gerem “intranquilidade” junto das populações.
Em declarações à Renascença, esta sexta-feira, Miguel Guimarães sublinha que está já em curso uma investigação numa “área específica”, por isso é preciso ter “cuidado” na forma como se abordam estas questões.
“Nós temos que ter algum cuidado nesta perspetiva, para não ficarem intranquilas as pessoas, para estas continuarem a acreditar nos hospital, nos médicos e nos enfermeiros que lá trabalham, porque corremos o risco das pessoas acharem que já não vale a pena ir lá e que está tudo mal no hospital, quando não é isso que está em questão”, alerta o bastonário.
E o que está em questão, diz Miguel Guimarães, “é uma investigação específica numa determinada especialidade”, onde “não estão ainda sequer provados os factos que são relatados de uma forma anónima”, daí, sublinha, “devemos ter algum cuidado na forma como abordamos este tipo de situações, para que as pessoas possam continuar a confiar no Hospital Amadora-Sintra”.
Na reação à notícia desta sexta-feira do jornal Expresso, a propósito de uma denúncia sobre alegadas más práticas realizadas pela equipa de cirurgia do Hospital Amadora-Sintra, Miguel Guimarães mostra-se confiante na celeridade no processo, para que se possa apurar a verdade o mais breve possível.
“Acredito, tenho confiança e espero que o facto dessa notícia ter sido pública, sirva para acelerar o processo de investigação, porque esses processos quando nós estamos a falar de denúncias graves ou muito graves, quando se decide fazer uma investigação e bem, o hospital tomou a decisão correta, é preciso que a investigação termine rapidamente”, acentua.
“Quanto mais depressa for esclarecido, melhor para toda a gente, melhor para a população, para os médicos e para os outros profissionais que trabalham no Amadora-Sinta e melhor também para a Ordem dos Médicos, porque se houver aqui más práticas, tal como está relatado publicamente, a OM vai ter que ter uma intervenção, e uma intervenção dura nesta matéria, porque este tipo de situações, não são aceitáveis”, conclui o bastonário da Ordem dos Médicos.